Os dois lados correm para chegar a um acordo antes do prazo de 4 de agosto, procurando evitar um impasse legal. O ministro da Economia da Argentina, Martin Guzman, em imagem de arquivo
Remo Casilli/Reuters
O governo da Argentina disse nesta segunda-feira (20) que não pode aceitar uma contraproposta conjunta dos três principais grupos de credores do país para reestruturar cerca de US$ 65 bilhões de dívida externa, dizendo que o acordo só traria mais sofrimento para os argentinos.
Os dois lados correm para chegar a um acordo antes do prazo de 4 de agosto, procurando evitar um impasse legal e prolongado depois que a Argentina, atingida pela recessão, entrou em default em maio.
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“Aceitar o que alguns credores pedem significaria sujeitar a sociedade argentina a mais angústia”, disse o ministro da Economia, Martin Guzman, em comunicado em resposta à oferta dos credores nesta segunda-feira. “Isso implicaria, por exemplo, o ajuste de aposentadorias, e não o faremos.”
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Credores insatisfeitos
Nesta segunda-feira (20), três grupos de credores argentinos se recusaram a participar da nova oferta de swap de títulos de dívida formulada pelo governo e anunciaram que fizeram outra proposta ao executivo de Alberto Fernández.
“A oferta da Argentina está aquém do que os grupos de credores podem aceitar”, disseram os grupos Exchange Bondholders, Ad Hoc e Argentina Creditor Committee.
O grupo diz representar um terço dos detentores de títulos argentinos emitidos sob lei estrangeira e sujeitos a swap. Essa porcentagem lhes daria poder de veto nesta proposta de reestruturação da dívida, segundo especialistas.
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A oferta argentina inclui títulos de 2005 e 2010, resultado de uma reestruturação anterior da dívida e outros emitidos a partir de 2016. Nos títulos a partir de 2016, o percentual mínimo de adesão deve ser 66,5% para que o swap seja válido. Nos de 2005 e 2010, aumenta para 85%, disse o economista Nery Persichini à AFP.
Embora não tenham dado detalhes da proposta que apresentaram à Argentina, esses três grupos afirmam que ela ajudaria as demandas urgentes do país, constituiria uma solução que permita o acesso ao mercado de capitais e ofereceria o marco legal necessário para incentivar investimentos.
* (com informações das agências Reuters e France Presse)
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