Inspirado nas inovações tecnológicas do campo, paulistano de 19 anos tirou boa nota e conseguiu entrar em uma das universidade mais concorridas do Brasil. Aprovado na USP usa reportagem do Globo Rural como tema de redação
O jovem Kauê Oliveira, de 19 anos, não é agricultor e nem mora no campo, mas o Globo Rural cruzou o caminho dele, e de uma forma muito positiva.
Assista a todos os vídeos do Globo Rural
Ele acabou de ingressar na Universidade de São Paulo (USP), na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, uma das mais concorridas do país. Quase 9,5 mil pessoas prestaram a mesma prova. Só 1 a cada 24 foi aprovado.
O Globo Rural conseguiu colaborar em um dos itens mais importantes da prova: a redação. Tudo começou no último dia 5 de janeiro, quando foi ao ar o especial de 40 anos do programa, que falou do futuro da agropecuária.
Era o segundo dia de provas do vestibular, e Kauê foi na casa da avô, Leonor, tomar café da manhã e assistir ao programa junto com ela, que é grande fã da atração.
“(O tema da redação) era o papel da ciência no mundo contemporâneo. Totalmente a ver com o que estava passando naquele dia. A parte que eu citei foi a que eles estavam revestindo as frutas com nanopartículas”, recorda.
“Quando ele voltou (da prova), ele falou ‘vó, você acredita que quando eu li o texto lá da prova me veio a matéria do Globo Rural?'”, afirma Leonor, que contou o caso para a equipe do programa.
O jovem diz que apostou no tema porque os moradores das grandes cidades ainda não sabem o quanto a tecnologia já está presente no campo e no agronegócio.
“Eu estava muito ansioso pra ver como seria o meu desempenho, principalmente por essa citação do Globo Rural, porque não é muito comum.”
“A gente aprende no cursinho a citar muitos filósofos, muitos cientistas e eu estava muito curioso para saber como é que teria sido a nota. Quando eu vi a nota (41,5 de 50), eu pensei: ‘deu certo'”, comemora o jovem.
A Faculdade de Direito do Largo São Francisco, onde Kauê estuda agora, foi fundada em 1827, formou 13 presidentes da República, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e escritores históricos, como Monteiro Lobato.
“A gente está realizando um sonho de tá aqui, é tão simbólico. Primeiramente por eu ser negro, então acho que isso tem um símbolo muito grande para minha família”, diz Kauê.
“A gente sabe que o negro ele é desprivilegiado, mas a gente não pode viver no vitimismo”, afirma a mãe do jovem, Silvia Oliveira.
Kauê foi aluno de colégio técnico público, e fez cursinho com a ajuda de um ex-chefe da mãe.
Veja notícias do Agronegócio no G1
Comentar