As vendas do comércio varejista no Brasil cresceram 0,5% em fevereiro, após quatro meses de estagnação, alcançando o maior patamar da série histórica iniciada em 2000, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta terça-feira (9) pelo IBGE. O novo resultado supera em 0,3% o recorde anterior, registrado em outubro de 2024.
De acordo com o IBGE, quatro das oito atividades pesquisadas avançaram no mês. Os principais destaques foram:
Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: +1,1%
Móveis e eletrodomésticos: +0,9%
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: +0,3%
Outros artigos de uso pessoal e doméstico: +0,1%
Setor de supermercados volta a liderar
Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, o setor de hiper e supermercados recuperou protagonismo após seis meses de variações quase nulas. A instabilidade da renda, o alto desemprego e a inflação sobre alimentos explicam o foco dos consumidores em produtos de primeira necessidade.
Promoções impulsionam móveis e eletrodomésticos
No caso de móveis e eletrodomésticos, o avanço reflete uma estratégia das grandes marcas, que promoveram descontos após desempenho fraco na Black Friday, especialmente nas vendas de eletrodomésticos.
Setores em queda
Por outro lado, quatro setores registraram retração:
Livros, jornais, revistas e papelaria: -7,8%
Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: -3,2%
Tecidos, vestuário e calçados: -0,1%
Combustíveis e lubrificantes: -0,1%
A queda no setor de papelaria é atribuída à redução da demanda por material didático e ao fechamento de lojas físicas, como livrarias, além da migração do consumo para plataformas digitais.
Varejo ampliado tem comportamento misto
Entre os itens que compõem o varejo ampliado, o desempenho foi desigual:
Veículos e motos, partes e peças: -2,6%
Material de construção: +1,1%
Comparação anual: crescimento em cinco atividades
Em relação a fevereiro de 2024, o varejo registrou alta de 1,5%, com destaque para:
Móveis e eletrodomésticos: +9,3%
Tecidos, vestuário e calçados: +8,6%
Artigos farmacêuticos e de perfumaria: +3,2%
Outros artigos de uso pessoal e doméstico: +2,6%
Combustíveis e lubrificantes: +1,5%
Entre as quedas, destacam-se livros e papelaria (-5,2%), informática e escritório (-3,2%) e supermercados (-0,3%).
Próxima divulgação será em 15 de maio, com os resultados de março de 2025.
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fonte:agência gov
foto:foto da web
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