Personalizar Preferências

Prezado(a) Usuário(a),

A proteção de seus dados pessoais é uma prioridade para nós. Em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), desenvolvemos esta política para informar como coletamos, utilizamos, armazenamos e protegemos suas informações.

1. Coleta de Dados: Coletamos dados pessoais apenas quando estritamente necessário e com sua autorização. Isso pode incluir informações como nome, endereço de e-mail, número de telefone e dados de transações.... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

Anvisa discute nesta terça-feira adiar proibição de agrotóxico associado à doença de Parkinson thumbnail
Meio Ambiente

Anvisa discute nesta terça-feira adiar proibição de agrotóxico associado à doença de Parkinson

Agência decidiu, em 2017, pela retirada do herbicida Paraquate do mercado neste ano. Proibição está prevista para começar em 22 de setembro. Pulverizador: máquina utilizada para a aplicação de agrotóxicos
Érico Andrade/G1
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve discutir nesta terça-feira (18) se altera o prazo para a proibição de um agrotóxico associado à doença de Parkinson e que está previsto para sair do mercado daqui cerca de um mês.
A Anvisa colocou na pauta de discussão desta terça-feira a “alteração dos prazos” da Resolução de Diretoria Colegiada nº 177, de 21 de setembro de 2017, que dispõe sobre a proibição do herbicida Paraquate.
Como há outros itens na lista de debate, não é possível afirmar que haverá uma decisão sobre o assunto ainda nesta terça, mas a expectativa de pessoas envolvidas na discussão é de que uma posição seja tomada.
Por que a produção rural depende tanto de agrotóxicos?
LISTA: quais são e para que servem os agrotóxicos mais vendidos
À época da determinação da proibição, a agência estabeleceu 22 de setembro de 2020 como prazo final para a retirada do produto do mercado.
Porém, a Anvisa deixou aberta a possibilidade de rever este prazo, caso fossem apresentadas evidências científicas de que o agrotóxico não traz malefícios às pessoas em caso de contato direto. Ainda não está claro se novos estudos foram apresentados, a Anvisa não respondeu ao G1 (leia mais abaixo).
O produto estava em revisão desde 2008. E, em 2017, a Anvisa analisou evidências científicas e concluiu que o Paraquate está associado ao desenvolvimento da doença de Parkinson – condição neurológica degenerativa que provoca tremor, rigidez, distúrbios na fala e problemas de equilíbrio.
“Há um peso de evidência forte em estudos em animais e epidemiológicos indicando que o Paraquate está associado ao desencadeamento da doença de Parkinson em humanos”, disse a Anvisa à época.
Ainda segundo a agência, não há evidências apresentadas de que o herbicida deixe resíduo nos alimentos.
Brasil tem 40 mil casos de intoxicação por agrotóxicos em uma década
Desde a proibição, s indústria de pesticidas e setores do agronegócio vêm tentando reverter a decisão. A alegação é de que não há produto no mercado capaz de substituir totalmente o Paraquate e de que essa mudança poderia gerar um gasto a mais para a atividade.
De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), o custo de produção do setor poderia aumentar em até R$ 500 milhões por safra.
A Federação de Agricultura do Paraná (Faep) estima que outras alternativas que poderiam ser usadas em substituição ao Paraquate custam mais – entre 30% e 150%.
No fim de março, a Anvisa já havia tentado reavaliar o prazo de proibição do produto, mas, à época, o Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul (MPF-MS) conseguiu uma liminar suspendendo a discussão.
O MPF-MS acusou a Anvisa de ilegalidade, pois, segundo os procuradores, não houve a apresentação de nenhuma nova evidência científica para que se discutisse o adiamento da proibição do Paraquate.
“Nenhum estudo foi apresentado, o que resultou na proibição da reunião pela Justiça Federal, atendendo ao pedido do próprio MPF, que apontou irregularidade na ausência dos estudos sobre o produto e na transparência da proposta da Anvisa”, disse o Ministério Público no início de abril.
No dia 23 de julho, a agência reverteu a decisão e ficou liberada para tratar do tema.
Programas reduzem uso de agrotóxicos e dano ambiental, e geram economia para produtor
Em paralelo, o deputado federal Luiz Nishimori (PL-PR), integrante da bancada ruralista no Congresso, apresentou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que anula a decisão da Anvisa de 2017. Porém, o texto ainda não foi votado e não há previsão.
No projeto, o deputado também apontou aumento nos custos de produção e uma possível perda de competitividade do setor. “O aumento de custos, iniciado na base da produção, acarretará no aumento de preços finais (…) perda de competitividade externa e aumento da inflação”.
“Apesar de todas as evidências científicas fartamente documentadas e decisões já tomadas para o completo banimento do Paraquat, a possibilidade de nova postergação do prazo mostra que a agência está contrariando a razão de ser da agência, que é a de resguardar a saúde dos brasileiros em primeiro lugar”, diz Adriana Charoux, porta-voz da campanha de Agricultura do Greenpeace Brasil.
O G1 procurou a Anvisa no dia 17 de julho para comentar o projeto de lei e se as indústrias tinham apresentando novas evidências científicas sobre o uso do Paraquate. A reportagem retomou contato em 21 de julho e nesta segunda-feira (17), mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.
O Paraquate
Sexto agrotóxico mais vendido do Brasil em 2018 e comum na produção de soja, o Paraquate é usado para secar as plantas e vagens do grão, a fim de deixar a lavoura uniforme para a colheita (a chamada dessecação).
Desde a decisão de proibição, em 2017, os agricultores puderam continuar comprando e utilizando o produto seguindo algumas restrições, como ter a proteção da cabine do operador da máquina agrícola para evitar contato com o agrotóxico.
Porém, após 22 de setembro, caso o prazo de proibição seja mantido, mesmo quem tiver o produto estocado não poderá fazer a aplicação. Os agricultores que comprarem volumes além do que forem usar até a data da proibição não poderão devolver o produto ao revendedor.
O Paraquate também tem autorização no Brasil para as culturas de algodão, arroz, banana, batata, café, cana-de-açúcar, citros, feijão, maçã, milho e trigo.
Na União Europeia, o produto foi banido em 2003. Nos Estados Unidos, ele ainda é autorizado, mas está em reavaliação.
Como reduzir os resíduos de agrotóxicos antes de comer frutas, legumes e verduras
Initial plugin text

Tópicos