Proposta será votada em reunião da diretoria da agência nesta sexta (26) e deve valer por 3 meses. Hospitais e postos de vacinação também não poderão ter luz cortada. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) avalia nesta sexta-feira (26) uma proposta para voltar a proibir os cortes de energia de famílias de baixa renda por inadimplência.
Medida semelhante a essa já havia sido adotada pela agência no ano passado. Assim como naquela ocasião, o objetivo é reduzir os impactos econômicos da pandemia sobre as famílias mais pobres.
Ao G1, o diretor da Aneel Sandoval Feitosa, relator do processo que será analisado nesta sexta, disse que a proposta é que os cortes por inadimplência fiquem suspensos até 30 de junho.
A estimativa de Feitosa é de que 60 milhões de pessoas sejam beneficiadas pela medida, se aprovada.
Hospitais
A proposta de Feitosa também proíbe o corte de energia para toda a infraestrutura de saúde do país, o que inclui hospitais, postos de saúde e de vacinação, além de unidades de armazenamento de vacina contra a Covid-19.
Custo da medida
Feitosa informou que a estimativa é de que a suspensão dos cortes de luz gere às distribuidoras de energia uma perda de receita de cerca de R$ 45 milhões.
Para fazer frente a esse custo, ele disse que vai propor que seja adiado o ressarcimento que seria feito neste ano a consumidores afetados por quedas de energia acima do limite fixado pela agência.
Os cálculos apontam que seriam devolvidos em 2021 cerca de R$ 55 milhões a consumidores afetados por quedas de energia.
Assista abaixo a reportagem sobre a proibição aos cortes de luz por falta de pagamento adotada em 2020 pela Aneel.
Corte de luz para famílias de renda mais baixa está proibido até o fim do ano
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