Aneel aprova editais para contratar energia termelétrica a gás ou carvão por 15 anos thumbnail
Economia

Aneel aprova editais para contratar energia termelétrica a gás ou carvão por 15 anos

Leilões foram marcados para 25 de junho. Energia contratada será fornecida a partir de 2025, por usinas em operação ou novas. A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (25) editais de dois leilões para contração, por 15 anos, de energia produzida por usinas termelétricas movidas a gás natural ou carvão mineral.
As usinas termelétricas geram energia a partir da queima de combustíveis. Isso faz com que a eletricidade produzida por elas seja mais cara que a hidrelétrica, por exemplo. O aumento do uso de térmicas leva ao encarecimento das contas de luz.
Essas usinas são contratadas para garantir o fornecimento de energia e o governo aumenta a produção de energia por termelétricas quando os reservatórios das usinas hidrelétricas estão baixos.
Data dos leilões
Os dois leilões aprovados pela Aneel estão marcados para 25 de junho. Inicialmente, a previsão era que ocorressem em 2020, mas foram adiados devido pandemia de Covid-19.
Será contratada energia de usinas em operação ou que ainda vão entrar em funcionamento. Uma parte das termelétricas deve começar a gerar até 2024 e, outra parte, até 2025.
Preocupações
A diretora da Aneel Elisa Bastos Silva votou contra os editais. Já o diretor Sandoval de Araújo Feitosa Neto, que foi favorável, defendeu que o prazo de contratação da energia fosse menor que os 15 anos previstos no edital, já que o leilão ocorre em um momento de incerteza no setor elétrico.
Essa incerteza é reflexo do baixo nível de armazenamento de água nos reservatórios das principais hidrelétricas do país, que vem provocando o encarecimento da energia. E dos efeitos da pandemia na economia brasileira, o que influencia o consumo de energia.
“Nossos leilões são por 15 anos, estamos contratando muito à frente, num cenário de demanda muito incerto. Uma vez leiloado, contrato assinado, ele será cumprido até o final”, destacou.
Ele ressaltou, ainda, que a energia a ser contratada será custeada integralmente pelos consumidores cativos, ou seja, os consumidores residenciais, comerciais e empresas que são atendidos por distribuidoras.
“É uma energia um pouco mais cara e está sendo paga integralmente pelo consumidor cativo. Isso tem levado os consumidores a migrarem para o mercado livre ou geração distribuída, o que está dentro da lógica de mercado, de o consumidor buscar os menores custos, o que a gente defende.”
O mercado livre de energia é usado, normalmente, por indústrias e grandes consumidores, que escolhem de quem vão comprar energia. Já a geração distribuída é gerada no local de consumo, normalmente de fonte renováveis, como painéis solares.
VÍDEOS: assista a mais notícias sobre economia

Tópicos