Após um ano de surpresas positivas em 2024, especialistas alertam para um cenário econômico mais desafiador em 2025. O aumento significativo da taxa Selic pelo Banco Central, atualmente em 12,25% ao ano e com perspectiva de novas altas, aliado a um ambiente externo incerto, deve desacelerar a atividade econômica.
Cenário Econômico e Projeções
As estimativas indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer menos de 2% em 2025, após um desempenho de 3,5% em 2024. Este crescimento será impulsionado, principalmente, pelo setor agropecuário, com expectativas de safra recorde. No entanto, o consumo das famílias e os investimentos privados, motores do crescimento recente, devem perder força devido aos juros reais elevados, que podem ultrapassar 15% ao longo do ano.
Impacto Fiscal e Desafios Domésticos
O cenário fiscal segue como uma das principais preocupações. Analistas apontam que o crescimento das despesas obrigatórias ameaça o cumprimento do novo arcabouço fiscal. O governo enfrenta desafios para equilibrar as contas públicas, especialmente diante da proposta de isentar o imposto de renda para rendas de até R$ 5 mil.
A alta da dívida pública, já em patamares preocupantes, pode agravar o cenário, com o dólar superando R$ 6 e podendo chegar a R$ 7, caso o ambiente internacional e interno se deteriore ainda mais.
Contexto Internacional e Influências Externas
A eleição de Donald Trump nos EUA contribuiu para a valorização global do dólar e reforçou as expectativas de juros mais altos no país, pressionando ainda mais os mercados emergentes, como o Brasil. A piora no quadro internacional deve dificultar a recuperação econômica e amplificar os desafios fiscais.
Perspectivas e Ações Necessárias
Economistas destacam que, sem um ajuste fiscal significativo, será difícil estabilizar a economia brasileira. Apesar disso, o Brasil ainda conta com pontos fortes, como o mercado interno robusto, sua posição como grande exportador de commodities e fontes de energia renovável.
Para evitar um cenário de recessão em 2025, especialistas reforçam a necessidade de disciplina fiscal, controle da inflação e medidas estruturais que promovam um ambiente econômico mais estável e sustentável.
Fonte: Correio Braziliense
Foto: MSD PREV
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