Um estudo recente publicado na Nature Climate Change revela que a América do Sul está enfrentando um aumento significativo em temperaturas, secas e riscos de incêndios. A pesquisa analisou dados meteorológicos de 1971 a 2022 e constatou que o norte da Amazônia agora registra três vezes mais dias com condições climáticas extremas para incêndios.
Entre 1971 e 2000, a região teve menos de 20 dias por ano com tais condições, mas esse número saltou para até 70 dias anualmente nas últimas duas décadas. O aumento das temperaturas, a baixa umidade e a seca contribuem para um cenário alarmante, especialmente no Pantanal brasileiro e em Maracaibo, na Venezuela.
Impacto do Calor no Brasil
Atualmente, o Brasil enfrenta sua sétima onda de calor do ano, com temperaturas que podem ultrapassar 35°C em várias capitais. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para “grande perigo” devido às condições climáticas extremas. Noventa e oito municípios estão sob risco devido ao clima seco e intenso.
Recordes de Incêndios
Este ano, o Brasil registrou um dos piores períodos de seca de sua história, com 93.150 focos de incêndio na região Norte até 15 de setembro, liderando o país. O Centro-Oeste seguiu em segundo lugar, com 62.741 focos. O bioma amazônico já ultrapassou o número total de queimadas registradas em 2023, com mais de 100 mil focos até agora.
As condições climáticas e o aumento dos incêndios colocam em risco não apenas a biodiversidade, mas também a saúde e a vida das populações locais. A situação exige ações urgentes para mitigar os efeitos do aquecimento global e promover a preservação ambiental na região.
Comentar