Sessão ainda não tem data marcada; desmatamento na região cresceu 9,5% em um ano, segundo Inpe. Mourão chefia Conselho da Amazônia, e Senado também quer ouvir Ibama. O Senado aprovou nesta quarta-feira (2) um pedido de sessão com o objetivo de debater o desmatamento e as queimadas na Amazônia. A audiência ainda não tem data definida.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento na região foi de 11 mil km² entre agosto de 2019 e julho de 2020, o que representou aumento de 9,5% em relação ao período anterior (agosto de 2018 a julho de 2019).
Além disso, também segundo o Inpe, as queimadas na Amazônia entre janeiro e outubro de 2020 superaram todo o número registrado em 2019.
Autor do requerimento aprovado pelo Senado, o senador Luis Carlos Heinze (Progressistas-RS) sugeriu os seguintes convidados para a sessão:
Hamilton Mourão, vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal;
Eduardo Bim, presidente do Ibama;
Alfredo Oyama Homma, pesquisador da Embrapa;
Rafael Pinto Costa, diretor do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam)
Para o autor do requerimento, o Brasil vive “maciça campanha internacional” que tem como objetivo “abalar a imagem do país e represar o desenvolvimento social e econômico”.
“Paira sobre nós uma grave ameaça, capaz de abalar a soberania brasileira sobre os sistemas de produção agropecuária e, na esteira, toda a economia nacional”, afirma o parlamentar gaúcho.
O discurso é semelhante ao do presidente Jair Bolsonaro, para quem o Brasil é alvo de críticas internacionais em razão de interesses políticos e econômicos.
Em um ano, o desmatamento na Floresta Amazônica aumentou 9,5%
Nomes sugeridos pela oposição
Parlamentares da oposição se mobilizaram para que, além dos convidados propostos por Heinze, outros especialistas também participem da sessão de debates.
Entre os nomes sugeridos, estão:
Gilberto Câmara, ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais;
Carlos Souza Júnior, coordenador do Sistema de Alerta de Desmatamento do Imazon;
João Paulo Ribeiro Capobianco, ex-Secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente;
Paulo Artaxo, professor titular do Instituto de Física da USP.
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