O programa de monitoramento de mudanças climáticas da União Europeia, Copernicus, divulgou que 2024 já registra as maiores emissões de carbono provenientes de queimadas desde 2007. Até 19 de setembro, as emissões acumuladas no Brasil alcançaram cerca de 183 megatoneladas, superando a média dos últimos 20 anos, principalmente devido aos incêndios nos biomas do Pantanal e da Amazônia.
Dados Alarmantes
Somente em setembro, os incêndios florestais liberaram 65 megatoneladas de carbono. Os estados do Amazonas e Mato Grosso do Sul apresentaram as maiores emissões em 22 anos, com 38 e 25 megatoneladas, respectivamente. Na Bolívia, os incêndios já totalizam quase 76 megatoneladas, batendo o recorde anterior de 2010.
Causas e Consequências
O Copernicus destaca que a seca histórica e as altas temperaturas na América do Sul são fatores cruciais para o aumento das queimadas. “A baixa umidade do solo e condições climáticas extremas contribuíram para a intensidade dos incêndios”, afirmaram os especialistas.
Além de afetar a qualidade do ar localmente, a fumaça gerada pelos incêndios tem se deslocado, alcançando até o outro lado do Oceano Atlântico. Essa poluição está prejudicando a qualidade do ar em várias partes do continente, desde o Equador até São Paulo.
Impacto na Saúde e no Meio Ambiente
As emissões de gases poluentes têm um efeito devastador na saúde pública e no meio ambiente, com a fumaça cobrindo extensas áreas e comprometendo a qualidade do ar em praticamente todas as capitais do Brasil. O Copernicus utiliza análises de satélites para monitorar e estimar as emissões geradas por incêndios ativos, sublinhando a gravidade da situação.
Conclusão
A situação atual nas regiões amazônicas e pantaneiras é alarmante e requer atenção urgente das autoridades e da sociedade. A combinação de seca prolongada e altas temperaturas está criando um cenário propício para incêndios devastadores, que não apenas afetam o meio ambiente, mas também têm implicações sérias para a saúde pública.
Fonte: band uol
Foto: Os Libertários
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