Segundo empresa, decisão foi tomada até que legisladores dos EUA adotem conjunto de regras para a tecnologia. Amazon afirma que vai proibir que forças policiais de usarem tecnologia de reconhecimento facial enquanto aguarda formulação de leis sobre o tema.
REUTERS/Thomas Peter
A Amazon anunciou nesta quarta-feira (10) que vai proibir o uso policial de uma tecnologia de reconhecimento facial da empresa, chamada Rekognition, por um ano.
A decisão veio depois de a IBM anunciar em uma carta ao Congresso dos Estados Unidos o encerramento da divisão de pesquisa em reconhecimento facial. A Amazon afirmou em nota que tomou a decisão até que os legisladores tenham adotado um conjunto apropriado de regras sobre a tecnologia.
“Nós advogamos que governos deviam implementar regulações mais fortes para tratar o uso ético de tecnologia de reconhecimento facial, e recentemente o Congresso pareceu pronto para aceitar esse desafio”, disse a Amazon.
A Amazon afirmou ainda que vai continuar a permitir que organizações civis possam utilizar a ferramenta. Em nota, a empresa citou iniciativas que fazem resgate de vítimas de tráfico de pessoas ou de crianças desaparecidas.
Aumento do uso de reconhecimento facial levanta debate sobre limites da tecnologia
O anúncio aconteceu em meio a protestos nos EUA sobre violência policial, após o assassinato de George Floyd na cidade de Minneapolis, o que levantou debates e pedidos de reforma policial.
O tema gerou polêmica não só nos Estados Unidos, mas também no Brasil, quando o recurso foi adotado por autoridades durante o carnaval. Para especialistas, é preciso discutir o uso da tecnologia em termos de vigilância e direitos dos cidadãos, além de tratar também os aspectos técnicos, como não permitir que os algoritmos amplifiquem preconceitos e vieses.
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