A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma ação civil pública contra a Enel, responsável pela distribuição de energia elétrica em São Paulo, solicitando uma indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 260 milhões. A medida decorre das interrupções no fornecimento de energia que afetaram cerca de 900 mil clientes entre 11 e 17 de outubro, após fortes chuvas na região metropolitana da capital. Além disso, a AGU também solicita uma indenização de, no mínimo, R$ 500 por dia para unidades que ficaram sem energia por mais de 24 horas, com indenização nas contas dos consumidores.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que o valor total das multas aplicadas à Enel possa ultrapassar R$ 1 bilhão, considerando outros episódios recentes de falhas de fornecimento.
Em resposta, a Enel afirmou ter investido R$ 1,4 bilhão por ano desde que adquiriu a concessão, em 2018, mais do que o dobro investido pelo controlador anterior. A empresa justificou a demora no restabelecimento da energia, alegando que as chuvas e ventos de outubro, com rajadas de até 107,6 km/h, causaram graves danos à rede elétrica. No entanto, um distribuidor informou que reconstruiu trechos danificados e restabeleceu o serviço para a maioria dos consumidores em até seis dias.
A Enel planeja intensificar seus investimentos em São Paulo, alocando cerca de R$ 2 bilhões ao ano até 2026 para modernizar redes e ampliar canais de atendimento.
Fonte:CNN Brasil
Foto:InfoMoney
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