Dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora os focos de calor por satélite. Queimada sobre área degradada no Parque Nacional Mapinguari, em Lábrea, Amazonas. 29 de julho.
Christian Braga/Greenpeace
Agosto é o mês que registra, até o momento, o maior número de queimadas no Amazonas em 2021. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora os focos de calor por satélite.
Segundo o órgão, somente até o dia 14 deste mês foram registrados 4.167 queimadas em todo o Amazonas. O número é maior que o registrado em julho, que foi de 1.173 focos de calor.
De 1º a 7 de agosto foram registrados 1.740 queimadas. O número, inclusive, é bem superior ao total de focos de calor registrados em julho.
Já na segunda semana de agosto, entre os dias 8 e 14, foram 2.427. O aumento de uma semana para a outra foi 71%.
Em relação aos municípios que registram o maior número de focos, Lábrea lidera a lista de toda a Amazônia Legal. O município, que fica no extremo sul do Amazonas e na fronteira com o estado de Rondônia, acumula 1.397 casos.
Apuí, na fronteira com o Mato Grosso, vem na quarta posição no ranking dos municípios que mais registram queimadas. A cidade tem 1.248 focos no acumulado do ano.
Na semana passada, o G1 já havia feito um levantamento que mostrou que as duas cidades já tinham o maior número de casos de queimadas em 2021. Até o dia 8, as duas concentravam cerca de 1,4 mil focos de calor.
A situação é parecida com agosto de 2020, quando Lábrea e Apuí também foram as cidades que mais registraram casos de queimadas no Amazonas. Naquele período, o estado registrou 8.030 focos, o maior número desde o início do mapeamento feito pelo Inpe, em 1998.
A área onde elas estão localizadas é conhecida pela forte presença da pecuária. As queimadas e os desmatamentos são monitorados pelas entidades como movimentos de pecuaristas e fazendeiros da região, que buscam ampliar a área de pasto para o cultivo de gados.
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