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Acordo EUA-China pode impactar exportação da soja brasileira, diz ministério

Durante guerra comercial, chineses praticamente pararam de comprar soja dos americanos, o que impulsionou as importações junto ao Brasil. Embarque de soja no Porto de Paranaguá
Appa/Divulgação
O Brasil pode perder alguns ganhos recentes obtidos no mercado global de soja durante a guerra comercial entre Estados Unidos e China caso as duas potências fechem um acordo para encerrar a disputa, disse um representante do Ministério da Agricultura nesta quarta-feira (8).
O secretário substituto de Política Agrícola da pasta, Wilson Vaz Araújo, afirmou a jornalistas que o Brasil poderia reagir mudando suas exportações para outros países no caso de um acerto entre EUA e China.
“Nós ganhamos nesses anos… acabamos tendo espaço maior no mercado. Se vai retroceder um pouco? Pode ser. Mas o Brasil acho que tem condição de reagir a isso e exportar para outros mercados”, afirmou Araújo.
Autoridades chinesas devem viajar para os Estados Unidos na próxima semana para concluir a primeira fase de um acordo que o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou em outubro, dizendo que o acerto levaria a China a gastar de US$ 40 bilhões a 50 bilhões por ano em produtos agrícolas dos EUA.
A China praticamente parou de comprar soja dos EUA durante a longa disputa comercial, o que impulsionou as importações junto ao Brasil.
A soja em grãos foi o principal produto exportado pelo o Brasil. Foram enviadas ao exterior 78 milhões de toneladas em 2019, movimentando mais de US$ 28 bilhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Os chineses compraram quase 80% da safra brasileira de soja em 2019, segundo dados do governo brasileiro.

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