Agência diz acompanhar ações da Petrobras e que plano de contingência tem conseguido manter estoques. Diretor da ANP Felipe Kury
Daniel Silveira
O abastecimento de combustíveis no Brasil segue sem impactos da greve dos petroleiros, que chega ao 18o dia. Foi o que afirmou na tarde desta terça-feira (18) o diretor Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Felipe Kury.
“Até o momento, não [houve impacto]. As equipes de contingência estão suprindo [os estoques de produção]. Tem os estoques de distribuição também, que estão no âmbito das distribuidoras”, disse Kury.
Questionado sobre quanto tempo duram os estoques, o diretor da ANP disse que “depende dos fluxos logísticos”. Segundo ele, para combustíveis líquidos, os estoques variam entre oito a dez dias, enquanto de GLP vai de três a quatro dias, dependendo da região.
“Para a região Norte, os estoques são até maiores em função da logística. Já no Sudeste, se precisa de menos [estoque] porque os fluxos são mais integrados, então a velocidade com que se repõe produtos, seja por produção ou exportação, é mais rápida” disse.
Ministro diz que paralisações de petroleiros estão proibidas até palavra final do TST
Greve segue por tempo indeterminado
Nesta terça-feira, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) disse que mantém a greve por tempo indeterminado, a despeito da decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que declarou o movimento ilegal. A entidade afirmou que irá recorrer da decisão.
Na véspera, o ministro do TST Ives Gandra, que tomou a decisão, autorizou a Petrobras a tomar “medidas administrativas cabíveis”, incluindo cortes de salários e até demissão por justa causa, contra os grevistas.
A decisão não proibiu a paralisação, mas decretou que a greve não pode se manter nos moldes que está. Juntamente com o Supremo Tribunal Federal (STF), o TST havia autorizado o movimento grevista desde que fosse mantido contingente de 90% de trabalhadores ativos. Para o ministro, os petroleiros contrariam a determinação e mantêm a greve por questões políticas.
Petroleiros dizem que irão recorrer de decisão de ministro do TST e que greve continua
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