Com diminuição drástica no tráfego aéreo, coleta de informações está sendo prejudicada. Cerca de 3 mil aeronaves realizam as medições. Aviões de passageiros permanecem estacionados à beira de uma pista devido à redução do número de voos no Aeroporto Internacional Arturo Merino Benitez, em Santiago, no Chile
Pablo Sanhueza/Reuters
A ONU alertou nesta quinta-feira (7) que a diminuição do tráfego aéreo causada pelo novo coronavírus afeta a coleta de informações sobre fenômenos meteorológicos como os furacões.
Desde o início da pandemia, o número de medições realizadas por aeronaves comerciais diminuiu em média entre 75 e 80% e até 90% em algumas regiões do globo, como nos trópicos ou no hemisfério sul.
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“Quando a temporada de furacões no Atlântico chegar, a pandemia da Covid-19 representará um desafio adicional”, disse Petteri Taalas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), citado em comunicado.
Aviões de passageiros da American Airlines são vistos estacionados no Aeroporto Internacional de Tulsa, nos EUA, em 23 de março, devido à redução do número de voos para retardar a propagação da doença por coronavírus (COVID-19)
Nick Oxford/Reuters
“Por isso, é essencial que os governos prestem atenção às suas capacidades nacionais de alerta precoce e observação meteorológica”, destacou o chefe desta organização da ONU.
Os serviços e produtos meteorológicos que os países oferecem a seus cidadãos são baseados no Sistema de Observação Global da OMM.
Este sistema coleta informações graças a 30 satélites meteorológicos, 200 satélites de pesquisa, mais 10 mil estações meteorológicas de superfície, mil estações aerológicas (em altitude) e 7 mil navios.
A eles se somam 3 mil aeronaves comerciais que medem os principais parâmetros da atmosfera, terras emergentes e a superfície dos oceanos.
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