Em 2019, o lucro líquido da CSN chegou a R$ 2,245 bilhões, queda de 57% em relação a 2018. A CSN teve lucro líquido de R$ 1,13 bilhão no quarto trimestre de 2019, acima das expectativas de analistas, em meio à recuperação dos volumes de vendas em siderurgia no mercado interno e volumes de vendas recordes no segmento de mineração, de acordo com dados na noite de quarta-feira (4).
Apesar de representar uma queda de 36% em relação ao mesmo trimestre de 2018, o resultado reverte o prejuízo de R$ 871 milhões registrado no terceiro trimestre, o que a companhia atribuiu a uma “melhora no resultado operacional, além da reversão de provisões de baixa de IR diferido”.
CSN
Reprodução/TV Rio Sul
Analistas esperavam lucro líquido de R$ 677,5 milhões, de acordo com a média de previsões compiladas pela Refinitv.
O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1,58 bilhão no último trimestre de 2019, acréscimo de 1% tanto ano a ano quanto frente aos três meses anteriores. A previsão de analistas era de R$ 1,675 bilhão. A margem Ebitda ajustada foi de 23,6%, contra 24,7% um ano antes e 25,1% no terceiro trimestre.
As vendas de aço totalizaram 1,12 milhão de toneladas de outubro a dezembro do ano passado, queda anual de 5%, mas acréscimo de 4% em relação ao trimestre anterior. No mercado interno, houve queda de 2% ano a ano, mas elevação de 9% na base trimestral, para 819 mil toneladas.
A CSN disse que o Ebitda ajustado da divisão de siderurgia ficou em R$ 177 milhões, de R$ 594 milhões um ano antes, ainda impactado pela parada do alto-forno número 3 da usina da companhia em Volta Redonda (RJ). Frente ao terceiro trimestre, houve alta de 68%. “Os ganhos de eficiência esperados após a parada programada do AF#3 serão observados em 2020, com o retorno da rentabilidade da unidade de negócio a seu padrão histórico”, disse a companhia.
O custo dos produtos vendidos de siderurgia no último trimestre ficou em R$ 3,17 bilhões, de R$ 3,19 bilhões no terceiro trimestre e 3,057 bilhões no quarto trimestre de 2019.
O custo de produção da placa atingiu 1.978 reais por tonelada, 9% abaixo dos três meses anteriores, “reflexo da retomada da produtividade do AF#3 e maior eficiência no mix de placas de terceiros e produzidas”.
“Acredito que custos de siderurgia devem continuar melhorando no primeiro trimestre de 2020, mas acho que demanda ainda precisa mostrar sinais mais claros de ‘pick up’ para que os aumentos de preço pretendidos sejam de fato bem sucedidos”, destacou o analista Daniel Sasson, do Itaú BBA, em comentário a clientes, no qual considerou os resultados da CSN bons.
Em relação ao minério de ferro, as vendas cresceram 5% em relação ao quarto trimestre de 2018 e 12% frente ao terceiro trimestre, para 10,33 milhões de toneladas, com o mercado interno mostrando um salto de 146% na base trimestral, ante recuo anual de 30%. O mercado externo teve alta de 6% e 10%, respectivamente.
Em 2019, o lucro líquido da CSN chegou a R$ 2,245 bilhões, queda de 57% em relação a 2018, enquanto o Ebitda ajustado aumentou 24%, para R$ 7,251 bilhões.
A companhia, que integra atividades de siderurgia, mineração, cimento, logística e energia, realizará teleconferência com analistas sobre resultado às 11h (horário de Brasília).
Comentar