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Petróleo fecha em queda e tem pior semana desde a crise de 2008

No acumulado da semana, o petróleo Brent, referência global, recuou 13,64%, enquanto a referência americana (WTI) se desvalorizou 15,54% Os preços do petróleo no mercado internacional tiveram forte desvalorização nesta semana — a pior desde a crise financeira de 2008 — com os investidores preocupados com os impactos da epidemia de coronavírus no crescimento econômico global. Os preços da commodity não encerravam uma sessão em valor tão baixo desde dezembro de 2018.
Os contratos mais líquidos do Brent, para abril, encerraram o dia em retração de 3,18%, aos US$ 50,52 o barril, na ICE, em Londres. Os preços do West Texas Intermediate (WTI) terminaram o pregão desta sexta-feira (28) em queda de 4,94%, aos US$ 44,76 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
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No acumulado da semana, a referência global recuou 13,64%, enquanto a americana se desvalorizou 15,54% — na semana terminada em 30 de novembro 2008, o Brent fechou com desvalorização de 25,71%; na semana encerrada em 14 de dezembro de 2008, o WTI encerrou com perdas de 26,82%.
Em meio aos temores de que a epidemia de coronavírus prejudique a demanda global por petróleo, os investidores também não têm apostado suas fichas em uma contenção da oferta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep ). Com uma reunião agendada para os dias 5 e 6 de março, os membros do cartel não demonstraram coesão de que vão tomar medidas enérgicas para fazer frente à queda nos preços.
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Mark Benigno, co-diretor de comércio de energia do INTL FCStone, afirma que os traders estão céticos quanto ao fato de o cartel apoiar os preços. “Parece que não há muita coesão no momento”, afirmou.
De qualquer forma, segundo o analista, a queda na demanda é tão grande que é improvável que os cortes na produção aumentem os preços por um longo período de tempo. Benigno acrescenta que alguns dos principais consumidores de petróleo estão tirando vantagem da crise comprando petróleo a preços baratos.
Os analistas de commodities da Capital Economics, que, em sua estimativa anterior, acreditavam que uma recuperação do crescimento global impulsionaria a demanda por petróleo a ponto de superar a oferta no segundo trimestre, afirmam que os desenvolvimentos da epidemia reverteram a projeção.
“Dito isto, a mais recente queda nos preços do petróleo pode convencer a Opep a aprofundar seus cortes de produção em sua reunião na próxima semana”, escreveram os analistas da consultoria.

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