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Economia

Maia critica Weintraub e diz que Salles perdeu condições de ser interlocutor

Presidente da Câmara participou nesta quarta-feira (29) de evento internacional em São Paulo que reuniu investidores e economistas. Rodrigo Maia critica Weintraub e Salles em evento em SP
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quarta-feira (29) que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, perdeu “as condições de ser o interlocutor” do governo na área. Maia criticou ainda o ministro da Educação, Abraham Weintraub.
A declaração foi dada em evento organizado pelo banco Credit Suisse, que reuniu economistas, investidores e representantes do poder público para discutir uma agenda de investimentos no Brasil.
Maia disse que 2020 corre o risco de não ser um ano “tão bom se a gente não resolver a questão do meio ambiente” e “não dar uma sinalização um pouco mais dura”. “Acho que o governo começou a entender isso e tomou decisão com aquele comitê comandado pelo vice-presidente [Hamilton] Mourão. Acho que é um passo, mas outros passos a gente precisa dar.”
Foi então que Maia citou Salles: “Eu não sei como é que o governo vai fazer com o seu ministro do Meio Ambiente. Eu acho que, de alguma forma, ele [Salles] perdeu as condições de ser o interlocutor. Acho que ele radicalizou demais, não sei se combinado com o presidente ou não.”
O G1 procurou o Planalto e a assessoria de Ricardo Salles para que comentassem as declarações e aguarda resposta.
O Comitê da Amazônia foi criado para que o governo tenha uma atitude “mais proativa” em relação ao meio ambiente, disse Mourão em 21 de janeiro.
Em relação a Weintraub, Maia disse:
“A mesma coisa do Ministério da Educação. Como que faz para o investidor olhar que o Brasil tem um ministro da Educação desse? Nosso país não tem futuro, né? Não tem futuro. Parece um passado ruim, porque conseguiu fazer de um cara desse o ministro da Educação… que construção que nós tivemos”.
O G1 procurou também a assessoria de Weintraub e aguarda resposta.
Cronologia de erros no Enem
O ministro da Educação enfrenta críticas em razão de erros na realização do Enem e no Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
No dia 17 de janeiro, depois que as notas individuais do Enem 2019 foram divulgadas, estudantes divulgaram relatos de avaliações diferentes entre candidatos que tiveram o mesmo número de acertos ou notas próximas a zero mesmo com número alto de acertos.
Um dia depois, no sábado (18), Weintraub e Alexandre Lopes afirmaram que houve falhas na correção das provas do segundo dia, o que atingia “um grupo muito pequeno”. No domingo (19), o Inep informou que estava revisando as notas dos dois dias de provas do Enem 2019.
Ao fim da revisão das notas, foram identificados problemas em 5.974 provas – 96,7% estavam concentrados em 4 cidades: Alagoinhas (BA); Viçosa (MG); Ituiutaba (MG) e Iturama (MG).
Em entrevista na segunda, o presidente do Inep, Alexandre Lopes, afirmou que o erro ocorreu na gráfica Valid Soluções S.A.
Lopes explicou que a gráfica imprime o caderno de questões do candidato, que é identificado com um código de barras do aluno. Depois, imprime o cartão de respostas (gabarito), que também tem um código. Outra máquina une estes dois documentos. O erro ocorreu nesta união e na geração do código de barras.
Após ação da Defensoria Pública da União (DPU), a Justiça chegou a suspender a divulgação do resultado do Sisu, mas o STJ derrubou a decisão –a pedido da Advocacia Geral da União (AGU). Os resultados foram liberados no começo da noite de terça-feira (28).

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