A companhia de meios de pagamentos teve lucro líquido de R$ 1,58 bilhões no ano passado, valor 49,7% do que em relação a 2018. A Cielo, maior empresa de meios de pagamentos no Brasil, anunciou nesta segunda-feira (27) que teve lucro líquido de R$ 1,58 bilhão em 2019, uma queda de 49,7% em relação ao lucro do ano anterior.
O resultado refletiu o impacto da competição nas receitas e o aumento das despesas devido aos investimentos na força comercial.
O volume financeiro de transações que passaram pela credenciadora totalizou em 2019 R$ 683,1 bilhões, montante 9,0% maior do que o registrado no ano anterior. As operações na modalidade crédito cresceram 13% no ano passado, para R$ 411,6 bilhões. Já as transações de débito aumentaram apenas 3,6% e atingiram R$ 271,6 bilhões na comparação anual.
Apesar do aumento das transações, as receitas líquidas totais da Cielo recuaram de R$ 6,450 bilhões para R$ 5,3 bilhões, resultado da redução nos preços com o aumento da competição no setor.
máquina de cartão
Rede Globo
“A diminuição da receita líquida proveniente de captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das transações realizadas com cartões de crédito e débito, bem como na receita de aluguel de equipamentos, devem-se substancialmente à pressão no preço médio decorrente do ambiente competitivo, efeitos parcialmente compensados pelo aumento do volume capturado e pelo crescimento da receita relacionada ao produto pagamento em dois dias”, afirmou a empresa, na divulgação de resultados.
Além da queda nas receitas, as despesas operacionais da Cielo aumentaram 73,1% no ano passado — passaram de R$ 702,4 milhões para R$ 1,216 bilhão — decorrente da alta de 6% nas despesas de pessoal e de 29,3% nas despesas gerais e administrativas, que englobam o “investimento na força comercial”.
O resultado de equivalência patrimonial, que inclui empresas controladas, recuou R$ 281,5 milhões — 51,9% — para R$ 260,8 milhões em 2019, comparado com os R$ 542,3 milhões de 2018. “A redução se refere substancialmente às perdas oriundas das controladas no exterior (Cielo USA e Me-S), resultado do impacto pontual não-recorrente em 2018 do ganho obtido com redução da alíquota do imposto sobre o lucro nos EUA, adicionados à apreciação do dólar em 2019 em comparação à 2018, bem como ao resultado negativo da controlada Stelo”, diz a empresa.
Finalmente, o resultado financeiro totalizou R$ 541,4 milhões no ano passado — queda de 40,7% em relação aos R$ 912,9 milhões do ano anterior
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