Resultado ficou acima do observado em outubro e foi puxado pelo crescimento do consumo das famílias, segundo o levantamento. A economia brasileira cresceu 0,3% em novembro, na comparação com o mês anterior, segundo o Monitor do PIB (Produto Interno Bruto), publicado nesta terça-feira (21) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Na comparação com novembro de 2018, a expansão foi de 1,6%. Já no trimestre móvel encerrado em novembro, a economia cresceu 0,8%, ante os meses de entre junho e agosto.
O resultado de novembro ficou acima do registrado em outubro (0,1%), mas abaixo do verificado em novembro (0,4%).
Tanto na comparação ajustada sazonalmente, quanto na interanual, houve crescimento das três grandes atividades econômicas (agropecuária, indústria e serviços). Já pela ótica da demanda, apenas o consumo das famílias cresceu nas duas comparações.
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Consumo das famílias puxa PIB
“O resultado positivo da economia em novembro, em comparação a outubro, foi influenciado pelo consumo, tanto do mercado interno quanto do externo, com crescimento do consumo das famílias e das exportações. Destaca-se que o crescimento do consumo das famílias está sendo impulsionado pelo aumento do consumo de serviços”, destacou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.
Segundo a FGV, o consumo das famílias cresceu 1,6% no trimestre móvel encerrado em novembro, em comparação ao mesmo trimestre de 2018.
Já o investimento, medido pela formação bruta de capital fixo, cresceu 4,5% no trimestre móvel, em comparação ao mesmo trimestre de 2018, com destaque para o aumento da participação do setor de construção.
A pesquisa ressalta, entretanto, que em novembro foi verificada a terceira queda consecutiva da taxa mensal do indicador, com a queda explicada, principalmente, pela retração de máquinas e equipamentos. “Tais resultados continuam sinalizando que a recuperação da economia está mais ancorada na expansão do consumo do que dos investimentos”, destaca Considera.
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Segundo a FGV, estes resultados já incorporam a revisão das informações oficiais de exportação para os meses de setembro e outubro, que foram corrigidas pelo governo federal e que deverão alterar o resultado oficial divulgado pelo IBGE para alguns componentes do PIB.
Perspectivas
Apesar da decepção com alguns dos indicadores de novembro, a expectativa é que a economia tenha mantido a trajetória de recuperação no 4º trimestre.
O governo projeta que o PIB do Brasil cresceu 1,12% em 2019 e irá crescer 2,4% em 2020, após avanço de 1,3% em 2017 e em 2018%. O resultado oficial do PIB do ano passado será divulgado em março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para 2020, os analistas das instituições financeiras projetam um crescimento de 2,31% para a economia brasileira, segundo a última pesquisa do Banco Central.
Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um avanço de 2,2% neste ano.
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