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Por que é tão difícil prever a erupção de vulcões?

Antecipar esse tipo de fenômeno ou sua intensidade costuma ser uma tarefa complicada – mas cientistas ficam de olho em pelo menos três sinais. O vulcão de White Island, na Nova Zelândia, é um dos mais ativos do país – sua última erupção aconteceu em dezembro
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A erupção do vulcão Taal, nas Filipinas, provocou uma violenta tempestade elétrica, forçou o fechamento do aeroporto da capital, Manila, e desalojou temporariamente cerca de 8 mil pessoas.
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Prever esse tipo de fenômeno ou sua intensidade, especialmente quando um vulcão está há muito tempo adormecido, costuma ser uma tarefa bastante complicada.
Os cientistas que monitoram essas estruturas geológicas para tentar antecipar o momento em que elas cuspirão fogo e lava dão atenção especial a três sinais: terremotos, emissões de gases e alterações no relevo do entorno.
A maioria das erupções é antecedida por um ou mais desses fenômenos. Assim, quanto mais dados eles reunirem sobre o vulcão, maiores as chances de preverem suas erupções.
Foi assim em 1991, quando uma previsão bem-sucedida do Serviço Geológico dos Estados Unidos e do Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia salvou estimadas 5 mil vidas.
Os cientistas haviam monitorado por 10 semanas pequenas explosões no também filipino Monte Pinatubo e alertaram as autoridades para evacuarem a área do entorno o mais rápido possível.
Essa foi uma das maiores erupções do último século.
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Ainda assim, a simples ocorrência de tremores ou fato de que a cratera está expelindo gases muitas vezes não dá aos especialistas informações suficientes para que eles consigam dizer se a erupção acontecerá dali a algumas horas, alguns dias ou mesmo meses.
Populações inteiras já foram removidas desnecessariamente de áreas de risco por causa de previsões de erupção frustradas.
Em contrapartida, algumas explosões acontecem sem qualquer tipo de “aviso prévio”.
Foi o caso, por exemplo, da erupção do Monte Ontake, em 2014, no Japão.
A efetividade das agências de monitoramento também depende da disponibilidade de recursos e do nível de expertise das equipes locais.
A Nova Zelândia, por exemplo, é referência nessa área e auxilia outros países da região com intensa atividade vulcânica, como a ilha de Vanuatu.
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A tecnologia de monitoramento neo-zeolandesa usa receptores GPS, sensores e drones, que atuam em paralelo com equipes que são enviadas aos locais para acompanhar os vulcões de perto.
Ben Kennedy, vulcanologista na Universidade de Canterbury, diz que o país faz um esforço contínuo para ficar “cada vez melhor” no campo das previsões.
“Conseguimos prever erupções vulcânicas (do modo) muito melhor do que grandes terremotos provocados pelo deslocamento de placas tectônicas, por exemplo”, ele diz.
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