O governo brasileiro oficializou a estrutura organizacional da COP30, conferência climática da ONU que ocorrerá em Belém (PA), entre 10 e 21 de novembro de 2025. O decreto, assinado pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin, foi publicado nesta terça-feira (26) no Diário Oficial da União e estabelece a Presidência da COP30, suas competências e cargos em comissão.
A medida não gera aumento de despesas, pois as cargas serão necessárias com servidores remanejados da Casa Civil e do Ministério das Relações Exteriores (MRE). A Presidência da COP30 funcionará até 1º de dezembro de 2026, com a responsabilidade de preparar, coordenar e promover a realização do evento.
O decreto confirma os nomes já designados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro:
Presidente da COP30: Embaixador André Corrêa do Lago, atual secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do MRE.
Diretora-Executiva (CEO): Ana Toni, secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
O presidente da conferência será responsável por coordenar os preparativos para a recepção de governantes, especialistas e representantes da sociedade civil de mais de 190 países . Além disso, desempenhará um papel central na construção de consensos entre negociadores internacionais e no engajamento de atores não estatais para fomentar soluções concretas contra as mudanças climáticas.
Já a diretora-executiva auxiliará na definição de diretrizes e implementação de ações, além de coordenar as frentes de trabalho relacionadas à conferência.
André Corrêa do Lago é um diplomata com vasta experiência em negociações climáticas. Economista formado pela UFRJ, ingressou no Itamaraty em 1982 e atuou em temas de energia, meio ambiente e relações internacionais. Foi negociador-chefe do Brasil em várias conferências climáticas, incluindo a Rio+20. Além disso, foi embaixador do Brasil no Japão (2013-2018) e na Índia (2018-2023), tendo chefiado a delegação brasileira nas COPs 28 e 29.
Ana Toni, economista e doutora em Ciência Política, tem uma trajetória dedicada à justiça social, meio ambiente e mudança do clima. Foi diretora do Instituto Clima e Sociedade (ICS), presidente do Conselho do Greenpeace Internacional e atuou na Fundação Ford e ActionAid Brasil. Também participou de conselhos de organizações como o Fundo Baobá para Equidade Racial e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).
A conferência, que será realizada na Amazônia pela primeira vez, é considerada um marco na agenda ambiental global. Além das negociações climáticas, a COP30 colocará Belém no centro do debate internacional sobre sustentabilidade, reforçando a importância do Brasil na liderança da transição ecológica.
O governo pretende usar o evento para destacar políticas nacionais de bioeconomia, transição energética e preservação da floresta amazônica, além de consolidar parcerias internacionais para o financiamento de projetos sustentáveis.
Fonte:Blog do Riella
Foto:foto da web
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