A taxa de desocupação no Brasil caiu para 6,1% no trimestre encerrado em novembro de 2024, o menor índice desde o início da série histórica da Pnad Contínua, em 2012. O número representa 6,8 milhões de pessoas em busca de trabalho, o menor contingente desde dezembro de 2014. Comparado ao mesmo período de 2023, 1,4 milhão de brasileiros deixaram a condição de desempregados.
Números históricos no mercado de trabalho
O total de pessoas ocupadas atingiu um recorde de 103,9 milhões, superando a marca anterior e demonstrando crescimento constante desde o menor nível da série (82,6 milhões), registrado em agosto de 2020.
Destaques do trimestre:
Trabalhadores com carteira assinada: Chegaram a 39,1 milhões, outro recorde.
Empregados no setor privado: Totalizaram 53,5 milhões.
Setor público: Registrou 12,8 milhões de trabalhadores.
Taxa de informalidade: Caiu para 38,7%, abrangendo 40,3 milhões de trabalhadores, uma redução em relação ao mesmo período de 2023 (39,2%).
Setores que puxaram o crescimento do emprego
A alta ocupação foi impulsionada principalmente por quatro setores:
Indústria: Crescimento de 2,4% no trimestre, com mais 309 mil trabalhadores.
Construção: Avanço de 3,6%, somando 269 mil novos empregados.
Administração pública, saúde e educação: Aumento de 1,2%, com mais 215 mil pessoas.
Serviços domésticos: Expansão de 3,0%, com 174 mil novas vagas.
Na comparação anual, sete setores registraram crescimento expressivo, como o Comércio (+692 mil pessoas) e o setor de Informação e Comunicação (+548 mil pessoas). Por outro lado, a Agricultura teve retração de 4,4%, com uma perda de 358 mil trabalhadores.
Rendimentos e massa salarial
O rendimento médio real habitual ficou em R$ 3.285, estável no trimestre, mas com aumento de 3,4% no ano. A massa de rendimento real habitual, que totalizou R$ 332,7 bilhões, atingiu recorde, crescendo 7,2% em relação ao ano anterior.
Destaques no rendimento médio anual:
Transporte, armazenagem e correio: Alta de 7,8%, ou mais R$ 229.
Comércio: Crescimento de 3,9%, ou mais R$ 102.
Serviços domésticos: Aumento de 3,6%, ou mais R$ 43.
Mais sobre a pesquisa
A Pnad Contínua, conduzida pelo IBGE, é a principal pesquisa sobre a força de trabalho no Brasil. Ela abrange 211 mil domicílios em mais de 3.500 municípios e coleta dados trimestralmente.
Com a retomada econômica e os novos recordes no mercado de trabalho, o país apresenta sinais de recuperação consistente, consolidando avanços na redução do desemprego e na formalização de empregos.
Fonte:agência gov
Foto:ISTOÉ DINHEIRO
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