O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou nesta terça-feira (17) a ata de sua última reunião, realizada na semana passada, quando decidiu aumentar a taxa Selic em 1 ponto percentual. No documento, o comitê sinalizou mais duas elevações de mesma magnitude nas reuniões de janeiro e março, o que elevou a taxa básica de juros para 14,25% ao ano em março de 2025.
“O então comitê decidiu, por unanimidade, pela elevação de um ponto percentual na taxa Selic e pela comunicação de que, em se confirmando o cenário esperado, antevê ajuste de mesma magnitude nas próximas duas reuniões”, destacou o Copom.
Cenário Econômico e Inflação
O aumento da Selic, o terceiro consecutivo desde setembro, ocorre em resposta a um cenário econômico desafiador, marcado por inflação em alta e atividade econômica resiliente . Segundo o Copom, o crescimento do PIB do terceiro trimestre, o aquecimento do mercado de trabalho e a expansão da demanda interna, especialmente do consumo das famílias, apresentam dinamismo acima do esperado, mesmo com uma política monetária restritiva.
No curto prazo, o Banco Central exerce uma proteção no cenário inflacionário , atribuído principalmente à alta significativa dos preços dos alimentos, como carnes, que possuem efeitos inerciais na economia brasileira.
O Copom também destacou o cenário externo desafiador , com incertezas geopolíticas e econômicas globais, além de dúvidas sobre o ritmo de desinflação e desaceleração econômica nos Estados Unidos.
Expectativas do Mercado
A decisão de elevar os juros em 1 ponto percentual foi compatível com as expectativas do mercado financeiro. A taxa Selic, agora em novo patamar, será mantida pelos próximos 45 dias, até a próxima reunião do comitê.
A trajetória da Selic reflete o compromisso da autoridade monetária com a convergência da inflação para o meta, em um contexto de pressão tanto interna quanto externa sobre os preços.
Fonte: Blog do Riella
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