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Crescimento da transparência agrícola no Brasil atinge 14%, com Oeste da Bahia liderando em 2024.

O Brasil registrou um avanço significativo na área agrícola irrigada nos últimos dois anos. Dados da Embrapa revelam que, em 2024, o uso de pivôs centrais alcançou 2,2 milhões de hectares, um aumento de 14% em relação aos 1,92 milhão de hectares irrigados em 2022. Essa expansão de quase 300 mil hectares fortaleceu sua posição do país como um importante polo agrícola, embora a dependência das chuvas ainda seja um desafio significativo para grande parte da produção nacional.

Bahia assume liderança no uso de pivôs centrais
Pela primeira vez, o extremo oeste da Bahia ultrapassou o Noroeste de Minas Gerais e tornou-se o maior polo de supervisão por pivôs centrais do Brasil. O município de São Desidério lidera o ranking nacional, com 91.687 hectares irrigados, seguido por Paracatu (88.889 ha) e Unaí (81.246 ha), ambos em Minas Gerais.

A Bahia consolidou sua posição como o segundo estado com maior área irrigada, somando 404 mil hectares, atrás apenas de Minas Gerais, que lidera com 637 mil hectares. Entre os biomas brasileiros, o Cerrado concentra mais de 70% dos equipamentos de segurança do país, enquanto o Pantanal não registra o uso dessa técnica.

Impactos e desafios da segurança
Os pivôs centrais, que representam maior tendência de crescimento na agricultura irrigada brasileira, permitem maior produtividade, estabilidade na produção e cultivo em períodos de entressafra. No entanto, o sistema exige grande consumo de água, o que tem gerado desafios como o esgotamento dos aquíferos e a necessidade de gestão sustentável dos recursos hídricos.

Atualmente, mais de 70% da água é utilizada na agricultura no Brasil, província das bacias dos rios Paraná e São Francisco. Apesar disso, a supervisão nacional representa apenas 2,6% da área irrigada global, uma discrepância significativa considerando que o Brasil possui 12% da água superficial do planeta e vastas reservas subterrâneas.

Perspectivas para o futuro
O crescimento da agricultura irrigada reflete a busca por soluções que minimizem os impactos das mudanças climáticas e da volatilidade da produção dependente de chuvas. Eventos climáticos extremos, como estiagens prolongadas e excesso de chuvas, têm impulsionado a adoção de sistemas de irrigação mais eficientes.

Pesquisadores da Embrapa ressaltam que a expansão da supervisão deve ser acompanhada por práticas de gestão que garantam o uso sustentável da água, promovendo não apenas o aumento da produtividade, mas também a preservação dos recursos hídricos para as futuras gerações.

Fonte:agência gov
Foto:Blog do Elias Hacker

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