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Braga Netto teria aprovado plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes, revela relatório da PF.

Um relatório da Polícia Federal (PF), divulgado nesta terça-feira (26), aponta que o ex-ministro da Defesa e general Walter Braga Netto teria aprovado um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A trama foi discutida em uma reunião realizada em 12 de novembro de 2022, na residência de Braga Netto, segundo a PF.

Detalhes da reunião e do plano “Punhal Verde e Amarelo”
O documento descreve que a reunião contou com a presença de Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), Rafael de Oliveira e Hélio Ferreira Lima. Na ocasião, foi apresentado o plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa a execução dos assassinatos em 15 de dezembro de 2022, três dias após a diplomação de Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo a PF:

Lula seria assassinado por envenenamento, utilizando produtos químicos ou medicamentos capazes de causar falência orgânica e colapso do sistema nervoso.
A morte do presidente eleito seria chamada de “neutralização” e tinha como objetivo desestabilizar a chapa vencedora e criar um ambiente favorável para um golpe.
Embora Alckmin também fosse alvo, o relatório não detalha o método planejado para seu assassinato.
Envolvimento de militares e produção do plano
O plano foi elaborado pelo general Mário Fernandes, então secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro. O documento destaca que militares do grupo de elite do Exército conhecido como “kids pretos” participaram do planejamento.

A PF indica que as ações clandestinas visavam dar suporte a medidas para impedir a posse de Lula e restringir o funcionamento do Poder Judiciário. Após aprovação na reunião, os envolvidos começaram a estruturar a logística necessária para os ataques.

Impressão no Palácio do Planalto
O relatório revela que o documento do plano foi impresso dentro do Palácio do Planalto por Mário Fernandes, que posteriormente entregou o material ao tenente-coronel Mauro Cid no Palácio da Alvorada.

Consequências e investigações
A PF já prendeu Mário Fernandes e outras cinco pessoas em uma operação na semana passada. O relatório aponta a existência de uma organização criminosa dentro de setores do governo anterior, articulada para atacar a democracia brasileira.

A trama para assassinar as principais lideranças da chapa eleita e um membro do STF seria a etapa final de um plano mais amplo para impedir a posse do governo democraticamente eleito.

Próximos passos
As informações do relatório reforçam o inquérito em andamento no Supremo Tribunal Federal, que apura as tentativas de golpe de Estado após as eleições de 2022. Novas ações judiciais e investigações deverão se aprofundar no papel de Braga Netto e demais envolvidos no esquema.

Fonte:CNN Brasil
Foto:UOL Notícias

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