O ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhará à Procuradoria-Geral da República (PGR) , na segunda-feira (25/11), o relatório final do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado nas eleições de 2022. Uma investigação da Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
Próximos passos do processo
O relatório já foi entregue ao gabinete de Moraes e será remetido à PGR, que analisará as provas e decidirá se apresentar denúncia ou solicitar novas diligências.
Caso a PGR apresente denúncia e o STF aceite, Bolsonaro e os demais indiciados se tornarão réus e responderão às acusações na Justiça.
As medidas cautelares, como tornozeleira eletrônica ou prisão preventiva, são improváveis no momento, mas as relatórios poderiam levar à prisão.
Impactos políticos para Bolsonaro
Bolsonaro enfrenta novas dificuldades políticas. Ele já é inelegível devido ao uso de meios estatais para atacar o sistema eleitoral e agora enfrentamos um possível segundo processo de suspensão de direitos políticos. Apesar disso, o ex-presidente mantém sua posição como líder do campo da direita para 2026, apostando em uma possível anistia.
Porém, o cenário para aprovação da anistia se complica. Em outubro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira , retirou o projeto de lei da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), atrasando a tramitação. A criação de uma comissão especial para analisar a proposta prolonga o processo e fragiliza o capital político de Bolsonaro para viabilizar a medida.
O indiciamento representa um novo obstáculo à trajetória de Bolsonaro, marcando mais um episódio de tensão política e jurídica no país.
Fonte/Foto:Metrópoles
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