A recente assinatura do PT em um manifesto de movimentos sociais criticando a proposta de corte de gastos do governo federal gerou desconforto na ala do partido mais alinhado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O documento, endossado por siglas da base histórica de Lula, como PDT, PSOL e PCdoB, questiona a existência de uma crise fiscal e critica a pressão dos setores do mercado financeiro e da mídia para ajustes que poderiam afetar áreas sociais.
No manifesto, os signatários afirmam que o governo enfrenta uma “crise fiscal inexistente” e condenam a intenção de cortes em conquistas sociais, como o reajuste do salário mínimo e o financiamento de saúde e educação. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu o posicionamento em suas redes sociais, criticando editoriais de grandes jornais que apoiam os ajustes e ressaltando que o governo de Lula foi eleito com o compromisso de fortalecer essas áreas, em contraste com a abordagem do governo anterior .
Apesar dos distúrbios na ala pró-Haddad, que busca evitar tensões e manter a adesão ao ajuste fiscal do governo, a cúpula do PT acredita que a assinatura do manifesto é consistente com as declarações anteriores do partido, incluindo uma nota de junho que defende investimentos em saúde, educação e previdência, condenando especulações e privilégios fiscais.
Fonte:CNN Brasil
Foto:G1 – Globo
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