De acordo com dados do Tesouro Nacional divulgados nesta quinta-feira (11/07), a Previdência Social registrou um déficit de R$ 26,2 bilhões em setembro, o que representa um aumento de 20% em comparação ao mesmo mês de 2023. O Governo Central, que inclui Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência, apresentou um déficit primário de R$ 5,3 bilhões, um contraste significativo com o superávit de R$ 11,6 bilhões no mesmo período do ano passado. Esse resultado deficitário surpreendeu a equipe do Ministério da Fazenda, que esperava um déficit de apenas R$ 2 bilhões.
O Tesouro apontou que o déficit do mês foi influenciado por um pagamento antecipado de R$ 4,3 bilhões em precatórios destinados à recuperação do Rio Grande do Sul, previsto inicialmente para 2025. Outro fator que contribuiu para o aumento foi o crescimento nas despesas com Benefícios de Prestação Continuada (BPC) no Regime de Renda Mensal Vitalícia (RMV), resultado do aumento de beneficiários e do reajuste do salário mínimo, de R$ 1.302 para R$ 1.412.
Apesar do déficit na Previdência, o resultado conjunto do Banco Central e do Tesouro Nacional alcançou um superávit de R$ 20,9 bilhões no período. Em comparação com setembro de 2023, a receita líquida do governo caiu 8,5%, ou R$ 15,1 bilhões, enquanto as despesas totais aumentaram 1,4%, representando R$ 2,3 bilhões a mais em termos nominais.
No acumulado do ano até setembro, o déficit primário do Tesouro foi de R$ 105,2 bilhões, um aumento de 6,5% em relação ao mesmo período de 2023, quando o déficit foi de R$ 94,3 bilhões. Durante o mesmo intervalo, a Previdência Social acumulou um rombo de R$ 265,8 bilhões, ao passo que o Tesouro e o Banco Central registraram um superavit de R$ 160,6 bilhões.
Fonte:Correio Braziliense
Foto:Senado Federal
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