A abertura de um inquérito pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), surgiu após suspeitas de que a Polícia Civil de São Paulo poderia estar envolvida no vazamento de mensagens relacionadas a um caso de violência doméstica. A desconfiança se concentra no fato de que o celular de Eduardo Tagliaferro, ex-chefe de Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), permaneceu seis dias sob custódia da Delegacia Seccional de Franco da Rocha em 2023, durante sua detenção.
Tagliaferro foi preso em flagrante por violência doméstica e o período em que seu celular ficou retido gerou preocupações sobre possíveis vazamentos de informações sensíveis. A abertura do inquérito seguiu uma reportagem da Folha de S.Paulo, que revelou que Moraes teria solicitado informalmente ao TSE relatórios sobre os alvos do inquérito das fake news, o que gerou controvérsias sobre a legalidade do procedimento.
Moraes afirma que não houve ilegalidade em suas ações, e vários ministros do STF, como Flávio Dino, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia, assim como a Procuradoria-Geral da República, defendem publicamente o ministro.
No âmbito do inquérito, Tagliaferro foi convocado para depor à Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (22). Paralelamente, a Polícia Civil de São Paulo instaurou um procedimento interno na Corregedoria para investigar a possível participação de seu pessoal nos vazamentos de informações.
Além disso, um estudo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelou que 66% dos tribunais no Brasil já utilizam Inteligência Artificial em suas operações.
Fonte: Blog do Riella
Foto: InfoMoney
Comentar