Presidente Lula criticou a manutenção da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia. Com isso, levanta incerteza sobre a sanção do projeto aprovado pelo Congresso. Disse que “não haverá desoneração para favorecer os mais ricos”, o que reabre a discussão sobre o apoio ao setor de eventos.
O Senado aprovou na terça-feira (30) o projeto que reformula o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), que segue para sanção presidencial. Ficou mantido em 30 o número de setores abrangidos.
Ministério da Fazenda conseguiu reduzir o próprio prejuízo, fazendo com que o limite do programa ficasse em R$ 15 bilhões, para evitar um impacto fiscal ainda maior.
IMPOSTO DE RENDA – No ato sindical em São Paulo pelo Dia do Trabalho, com público frustrante, Lula sancionou o projeto que corrige a tabela do Imposto de Renda, aumentando a isenção para quem recebe até dois salários mínimos por mês.
Assinou ainda o decreto de promulgação da Convenção e Recomendação sobre o Trabalho Decente para as Trabalhadoras e os Trabalhadores Domésticos.
BOULOS – Abre-se polêmica após o Presidente Lula pedir explicitamente votos para Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, no evento de 1º de Maio. A título de comparação, o senador Sergio Moro está com risco de perder o mandato por denúncia de campanha antecipada.
Diversos partidos, inclusive o MDB, devem recorrer à Justiça Eleitoral pedindo a apuração desse fato.
Vejam a declaração clara do Lula:
“Ele [Boulos] está disputando com o nosso adversário nacional, contra o nosso estadual, contra o nosso adversário municipal. Ele está enfrentando três adversários. E, por isso, quero dizer: Ninguém vai derrotar esse moço se vocês votarem no Boulos para prefeito nessas eleições. E eu vou fazer um apelo. Cada pessoa que votou no Lula em 1989, 1996, 1998, em 2006, 2010, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”.
CONCURSO – As provas do Concurso Público Nacional Unificado, conhecido como “Enem dos Concursos”, serão aplicadas no domingo (5) em todo o país. Entre 2,1 milhões de inscrições confirmadas, serão disputadas 6.640 vagas em 21 órgãos do governo federal
DÍVIDA – A Dívida Pública Federal (DPF) terminou março em R$ 6,638 trilhões. O número representa elevação de 0,65% em relação a fevereiro, quando atingiu R$ 6,595 trilhões. Ou seja, o aumento foi de R$ 43,08 bilhões.
O aumento de R$ 43,08 bilhões em março, de acordo com a Tesouro Nacional, ocorreu devido ao resgate líquido de R$ 13,37 bilhões e a apropriação de juros de R$ 56,94 bilhões.
DESEMPREGO – A taxa de desemprego do Brasil subiu para 7,9% no trimestre encerrado em março de 2024. O crescimento foi de 0,5 ponto percentual (p.p.) sobre o trimestre anterior, entre outubro e dezembro de 2023, quando o indicador ficou em 7,4%, segundo o IBGE.
A população desocupada atingiu 8,6 milhões de pessoas e cresceu 6,7% (mais 542 mil pessoas) no trimestre concluído em março.
RECORDE DE QUEIMADAS – Os ambientalistas internacionais perderam interesse no Brasil, mas o site G1 destacou a seguinte manchete: “Com 17 mil focos, Brasil registra recorde de queimadas em 2024”.
Foi ultrapassada em abril a marca de 17 mil focos de incêndio, tendo a ação humana como principal causa. Registros superam o pior quadrimestre da história de queimadas, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Governo Federal.
São 17.064 queimadas de 1º de janeiro a 29 de abril. Um aumento de 81% em relação ao mesmo período de 2023. Roraima e Mato Grosso lideram o ranking, com destaque para regiões diversas como Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.
MOODY’S – Agência de classificação de riscos Moody’s manteve a nota de crédito do Brasil no nível Ba2, mas mudou a perspectiva da avaliação de “estável” para “positiva”. O “rating” atual do Brasil na classificação da Moody’s é Ba2, no chamado “grau especulativo”, indicando risco maior para investimentos estrangeiros.
“A Moody’s avalia que as perspectivas para o crescimento real do produto interno bruto (PIB) do Brasil são mais robustas do que nos anos pré-pandêmicos, como consequência da implementação de reformas estruturais em vários governos, bem como pela presença de barreiras institucionais que reduzem a incerteza sobre a direção futura das políticas públicas”, diz a nota da agência.
GRIPE – Ministério da Saúde informa que a vacinação contra a gripe está ampliada para todas as pessoas com mais de seis meses de idade. Caberá a estados e municípios definir a faixa etária a ser imunizada a partir das doses disponíveis em estoque.
CATÁSTROFE – Rio Grande do Sul está vivendo catástrofe climática mais grave do que a do ano passado, entrando em estado de calamidade pública. São pelo menos 114 cidades afetadas pelas enchentes, com destruição de pontes e bairros. Já houve pelo menos dez mortes.
As regiões mais atingidas são: Metropolitana de Porto Alegre, Vales, Central, Serra e Sul. Nessas, forças diversas tentam resgatar pessoas ameaçadas pelas águas dos rios.
É assunto de destaque hoje.
Presidente Lula viajará para o Rio Grande do Sul hoje, em visita i confirmada pelo governador Eduardo Leite. Ele foi muito criticado por não ter visitado o estado nas enchentes do ano passado.
EUA – Federal Reserve, banco central americano, manteve os juros básicos da economia do país em seu atual patamar, na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. É a sétima vez consecutiva em que a taxa é mantida.
FED afirmou que não é apropriado reduzir os juros até ganhar mais confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção à meta.
Essa decisão deve impactar a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil, na próxima semana, podendo arrefecer o ritmo de redução da taxa de juros brasileira.
VITÓRIA DO MILEI – Presidente Javier Milei, da Argentina, finalmente conquistou grande vitória na Câmara dos Deputados e agora depende das negociações no Senado.
Os legisladores aprovaram reformas anunciadas na campanha eleitoral para desregulamentar a economia, influenciados por resultados que já começam a mudar a realidade do país, onde Milei praticamente não tem bancada parlamentar.
Foram aprovados dois projetos: a Lei de Bases e um pacote fiscal. A Lei de Bases contém 230 artigos, um terço dos incluídos em uma reforma ambiciosa que fracassou em fevereiro.
ECONOMIA – Índice Bovespa, da Bolsa de Valores, fechou em 125.924 pontos na terça-feira (30), com baixa de 1,12%.
MOEDAS – FONTE: BC
⬆ Dólar Comercial: R$ 5,19 (+1,52%)
⬆ Dólar Turismo: R$ 5,40 (+1,40%)
⬆ Euro Comercial: R$ 5,54 (+1,06%)
⬆ Euro Turismo: R$ 5,78 (+1,07%).
Por RENATO RIELLA
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