País sofre com severa falta de oferta doméstica por conta de surtos de peste suína africana. Vendedor segura peça de carne suína em mercado em Handan, na China
REUTERS/Stringer
As importações de carne suína pela China em novembro saltaram mais de 150% na comparação anual, para 229,7 mil toneladas, o maior nível desde ao menos 2016, à medida que o país, principal consumidor global desse tipo de carne, sofre com severa falta de oferta doméstica devido a surtos de peste suína africana.
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Os dados também apontam alta de 30% ante as 177,4 mil toneladas do mês anterior, mostraram números da Administração Geral de Alfândegas nesta segunda-feira, com atacadistas elevando seus estoques às vésperas do feriado do Festival de Primavera.
As importações de carne suína ficaram em 1,73 milhão de toneladas nos primeiros 11 meses do ano, alta de 58% na comparação anual. O dado é não inclui miúdos e outras partes, agregadas em números referentes a “carnes variadas”.
Um surto de peste suína africana que começou em agosto do ano passado cortou quase pela metade o rebanho suíno chinês, segundo dados oficiais, o que levou os preços da carne de porco para níveis recorde. As importações de carne suína em novembro foram as maiores desde janeiro de 2016, quando começaram os registros do terminal Eikon, da Refinitiv.
Além de ter iniciado uma série de medidas para impulsionar a produção de suínos, a China abriu seu mercado para novas fontes de carne, para ajudar a cobrir a falta de oferta. Importações de frango saltaram, com alta de 70,9% na comparação anual em novembro, para 77,89 mil toneladas. Importações de carne bovina, mais cara, mas cada vez mais popular na crescente classe média chinesa, cresceram 79,3% na comparação anual em novembro, para 186,9 mil toneladas.
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