Forças de Defesa de Israel preveem longa batalha contra o grupo palestino Hamas e outros grupos militantes inimigos, no conflito iniciado no sábado. A guerra deve gerar insegurança na economia mundial, com reflexos na cotação do petróleo.
O maior conflito entre palestinos em Israel, em décadas, estourou quando o grupo considerado terrorista Hamas lançou milhares de mísseis e declarou repentina guerra. Israel respondeu aos ataques disparando contra a área do Líbano onde o ataque se originou.
O número de mortos dos dois lados passa de mil, com cerca de 2.200 feridos. Conselho de Segurança da ONU, presidido pelo Brasil neste mês de outubro, fez reunião de emergência ontem, mas nenhuma ação concreta foi tomada ainda.
Aeronáutica e Itamaraty agem para retirar brasileiros de Israel, mas há pelo menos quatro desaparecidos, que podem ter morrido ou se transformado em reféns do Hamas.
Países ocidentais, como EUA, Reino Unido e Alemanha, prometem forte apoio a Israel. China defende acordo, com o reconhecimento do Estado Palestino.
LULA – Isolado no Palácio da Alvorada, após a cirurgia, Presidente Lula emitiu mensagem. Apesar de condenar os ataques a Israel, defendeu a necessidade de trabalhar por um “Estado Palestino economicamente viável” e “dentro de fronteiras seguras”.
“O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU. Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”, publicou em seu perfil.
FERIADO – Esta será uma semana esvaziada no Brasil, pelo feriado do 12 de outubro, na quinta-feira, dedicado a Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil.
No dia 12, comemora-se também o Dia da Criança.
VIAGENS – Presidentes da Câmara dos Deputados, Artur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, farão longas viagens neste mês de outubro, prejudicando o andamento de projetos estratégicos, como por exemplo a reforma tributária, vital para o Governo Lula.
A ausência dos dois deve reduzir o clima de confronto entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.
Pacheco levará grupo de senadores a Portugal e França, de 10 a 16 de outubro. Lira fará viagem com lideranças da Câmara à Índia e China, de 10 a 20 de outubro.
Isso deverá atrasar votações, como é o caso do projeto das offshores
MEDICINA – Governo Federal autorizou abertura de até 95 novos cursos de Medicina, com 5,7 mil vagas, em 1.719 municípios.
DESENROLA – Governo Federal lança hoje a plataforma do programa Desenrola Brasil, na segunda etapa.
Serão renegociadas dívidas bancárias e não bancárias — como contas de luz, água, varejo, educação, entre outros — de pessoas com renda de até dois salários mínimos ou que estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico).
Dívidas com valor atualizado de até R$ 5 mil poderão ser renegociadas à vista ou parceladas em até 60 meses, com juros de até 1,99% ao mês.
Os débitos terão garantia pelo Fundo de Garantia de Operações (FGO), que soma R$ 8 bilhões.
Os consumidores que possuem dívidas entre R$ 5 mil e R$ 20 mil também poderão fazer novos acordos de pagamentos junto às instituições, com descontos e condições especiais oferecidos pelos próprios credores.
Para ter acesso à plataforma do Desenrola Brasil, o consumidor precisará ter cadastro gov.br com níveis de certificação prata ou ouro, além de ter os dados cadastrais atualizados.
ELEITORAL – Esgotou-se na sexta-feira (6) o prazo para que a minirreforma eleitoral pudesse surtir efeito nas eleições municipais de 2024. Com isso, permanece vigente a atual legislação eleitoral, enterrando as mudanças desejadas pela Câmara dos Deputados.
Outra consequência do adiamento da votação é a concentração do poder de decisão sobre lacunas legislativas nas mãos do Judiciário.
POUPANÇA – Pelo terceiro mês seguido, o saldo da aplicação na caderneta de poupança voltou a cair, com o registro de mais saques do que depósitos no mês passado. Em setembro, as saídas superaram as entradas em R$ 5,83 bilhões, segundo Banco Central (BC).
No mês passado, foram aplicados R$ 306,15 bilhões, contra saques de R$ 311,99 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 6,15 bilhões.
Com o resultado de setembro, a poupança acumula retirada líquida de R$ 86,13 bilhões no acumulado do ano.
CARROS – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informou que o mês de setembro apresentou a melhor média diária do ano, no que concerne ao total de unidades vendidas. A média foi de 9,9 mil unidades/dia..
A exportação continua sendo o maior desafio. O Brasil precisa firmar acordos bilaterais com outros países, a fim de transpor as dificuldades na área.
FGTS – Estudo da Caixa Econômica mostra que o voto do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luis Roberto Barroso, sobre a correção de rendimentos do FGTS, provocará grave repercussão na política habitacional do Brasil.
Barroso marcou julgamento para o dia 18 deste mês. Relator do caso, ele votou, em abril, para a correção do FGTS ser, no mínimo, igual ao índice da poupança. Ministro André Mendonça votou conforme o entendimento de Barroso, e Nunes Marques suspendeu o julgamento, ao pedir vista.
Advocacia-Geral da União defende a improcedência da ação, ajuizada pelo partido Solidariedade em 2014. O Governo diz que a taxa média de juros do financiamento habitacional, hoje em 5,25% ao ano, saltaria para 7,60% ao ano.
SEGUROS – Superintendência de Seguros Privados (Susep) mostra crescimento de 8,6% na arrecadação do setor, entre janeiro e agosto deste ano, na comparação com 2022. A receita foi de R$ 253,7 bilhões nos oito primeiros meses de 2023.
Segmento de seguro de danos (que inclui o ramo de automóveis) registrou alta de 12,8% de janeiro a agosto, para R$ 83,3 bilhões. Já os seguros de pessoas (que abrangem planos de previdência privada) tiveram aumento de 6,9% na arrecadação, para R$ 141,37 bilhões.
ECONOMIA – Índice Bovespa, da Bolsa de Valores, fechou em 114.169 pontos na sexta-feira (16), com alta de 0,78%
MOEDAS
⬇ Dólar Comercial: R$ 5,16 (-0,14%)
⬆ Dólar Turismo: R$ 5,38 (+0,18%)
⬆ Euro Comercial: R$ 5,46 (+0,23%)
⬆ Euro Turismo: R$ 5,70 (+0,41%)
Por RENATO RIELLA
Comentar