Delegações da Rússia e da Ucrânia se reuniram em Istambul, na Turquia, para mais uma rodada de negociações de paz hoje (29). Apesar de um acordo de cessar-fogo não ter sido acertado, aumentou-se a possibilidade de um encontro entre o presidente ucraniano Volodmir Zelenski e o presidente russo Vladimir Putin.
“Os resultados de hoje são suficientes para uma reunião em nível de chefes de Estado”, disse o negociador ucraniano David Arakhamia. Desde que a ofensiva russa começou, em 24 de fevereiro, Moscou sempre rejeitou essa proposta.
A Ucrânia propôs adotar posição de neutralidade em troca de garantias de segurança, o que significa que não se juntará a alianças militares nem hospedará bases militares.
A proposta inclui um período de consulta de 15 anos sobre o status da Crimeia, que foi anexada pela Rússia, em 2014, e só poderia entrar em vigor no caso de um cessar-fogo completo.
A Ucrânia quer também um acordo tendo vários países como fiadores: “Insistimos em um acordo internacional que seja assinado por todos os fiadores de segurança”, disse o negociador do país.
O presidente turco Tayyip Erdogan (foto) recebeu as delegações de ambos os lados dizendo que cabe a eles “parar esta tragédia”. A televisão ucraniana informou que as negociações começaram com “uma recepção fria” e nenhum aperto de mãos.
A Ucrânia e os Estados Unidos têm pouca esperança de um avanço imediato. Mas a retomada das conversas presenciais é um primeiro passo importante para o cessar-fogo. Atualmente, a invasão russa está paralisada na maioria das frentes.
Até agora, as partes se reuniram de forma presencial em três ocasiões – 28 de fevereiro, 3 de março e 7 de março –, em Belarus. No último dia 10, em Antalya, também na Turquia, houve encontro entre os ministros das Relações Exteriores russo e ucraniano.
Fonte: R7, EFE, AFP e Reuters
Foto: AFP
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