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CLDF abre exposição do baiano Eduardo Lima em homenagem ao Nordeste

A exposição, intitulada “Raízes do Sertão Nordestino”, será inaugurada às 14h30, no Foyer do Plenário da CLDF, e fica em cartaz até o dia 24 de março.

Pinceladas intensas, como que permanentemente banhadas pelo sol que ilumina o Nordeste brasileiro, são características das obras do baiano Eduardo Lima. Nascido em 1977, em Capim Grosso, o artista autodidata tem suas telas expostas na Câmara Legislativa do Distrito Federal a partir de hoje (8).

Além de personagens em cenários campestres ou no interior de residências, figuras estilizadas de baianas e de outras mulheres – cujo dia internacional é comemorado hoje, estão retratadas.

A exposição, intitulada “Raízes do Sertão Nordestino”, será inaugurada às 14h30, no Foyer do Plenário da CLDF, e fica em cartaz até o dia 24 de março.

De Brasília, cumprirá itinerância em Barueri (SP), Salvador e Rio de Janeiro. Mas, não é apenas o Brasil que conhece a pintura de Eduardo Lima. Ele já levou suas telas a lugares como Áustria, Itália e Inglaterra. 

“Venho de uma terra árida e, apesar das dificuldades que passei, procuro imprimir, por meio das cores, uma positividade. E, mesmo que o momento seja de dificuldades, especialmente no sertão nordestino, não podemos perder a esperança. É preciso levar alegria às pessoas”, diz o artista.

Sem se enquadrar em rótulos, alguns dos seus trabalhos podem remeter, em certa medida, devido à temática, ao que se convencionou classificar como arte naïf, caso seja considerada a linguagem particular que ele desenvolveu ao longo de mais de duas décadas dedicadas ao fazer artístico. Contudo, Lima também busca referências na história da arte, como no quadro presente na exposição em que um casal enamorado parece “flutuar” envolto pelo que remete à “noite estrelada” de Van Gogh.

Na série em que “interpreta” trabalhos de nomes consagrados – também há quadros baseados em Leonardo da Vinci e Johannes Vermeer, por exemplo –, Eduardo Lima procura tornar acessível, especialmente às crianças, obras de vários períodos consideradas universais. “Percebi, visitando escolas por todo o Brasil, que ao interagir com as telas de minha autoria, os alunos passam a tratar a arte com outro olhar”, observa.

Em obras nas quais se dedica a retratar as raízes nordestinas, estão presentes elementos que facilitam a identificação: a vegetação (muitos cactos) e animais típicos, cabaças, cercas de madeira, pilão, fogão à lenha, chapéus e sandálias de couro. Já os personagens, de traços fortes, estão repletos de lirismo.

A soma de tudo isso é uma exposição vívida. Como se o artista desejasse que cada visitante, ao entrar na mostra, deixasse de lado tempos sombrios e passasse a frequentar um mundo de paz, harmonia e otimismo.

Fonte: Ascom/CLDF – Marco Túlio Alencar

Foto: CLDF/Carlos Gandra

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