Economia do país cresceu 0,3% entre abril e junho, na comparação com os 3 primeiros meses do ano, escapando assim de uma recessão técnica após ter recuado 0,9% no 1º trimestre. Pessoas usando máscaras de proteção contra a Covid-19 em Tóquio, capital do Japão.
Kim Kyung-Hoon/Reuters
O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão cresceu 0,3% entre abril e junho na comparação com o trimestre anterior, de acordo com resultados oficiais preliminares que mostram que a economia do país resiste, apesar da crise sanitária.
O crescimento evita que a terceira maior economia mundial entre em recessão técnica, termo utilizado quando um país tem resultado negativo durante dois trimestres consecutivos.
A economia japonesa registrou queda de 0,9% no primeiro trimestre do ano, de acordo com dados revisados.
Variação trimestral do PIB do Japão
Economia G1
O PIB foi sustentado por um aumento do consumo das famílias ( 0,9%) e pelos investimentos das empresas, apesar das restrições em vigor pela pandemia.
Estas informações “sugerem que os gastos das famílias desenvolveram uma imunidade” ante as medidas adotadas por razões sanitárias, afirmou o analista Tom Learmouth da Capital Economics.
O aumento das exportações (2,9%) foi ofuscado pelo aumento das importações (5,1%), mas a tendência deve mudar no segundo semestre, segundo os analistas.
Variante delta
Uma parte do Japão continua em estado de emergência devido à pandemia. A medida limita as viagens e os horários de funcionamento de bares e restaurantes, principalmente. Mas não parece ser muito útil, já que o país registra desde o fim de julho a onda mais grave de coronavírus, principalmente devido à variante delta, muito mais contagiosa.
No momento, apenas 35% da população está totalmente vacinada.
“Não há muito para ser otimista no cenário com um salto nas infecções aumentando a chance de restrições mais rigorosas à atividade”, disse Yoshihiki Shinke, economista-chefe do Dai-ichi Life Research Institute.
“A economia do Japão estagnou no primeiro semestre deste ano e existe o risco de contração entre julho e setembro. Qualquer retomada clara no crescimento terá que esperar até o fim do ano”, disse ele
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