Resultado acima do esperado indica que economia norte-americana manteve forte impulso no início do segundo semestre. Pessoas usam máscara em loja de sapatos em Los Angeles, nos EUA, em foto de 20 de maio de 2021
Marcio Jose Sanchez/Arquivo/AP Photo
A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos foi sólida em julho em meio à demanda por trabalhadores no setor de serviços, sugerindo que a economia manteve seu forte impulso no início do segundo semestre.
Foram criados 943 mil postos de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, após 938 mil em junho, informou o Departamento do Trabalho em seu relatório de empregos nesta sexta-feira (6). Economistas consultados pela Reuters esperavam criação de 870 mil postos de trabalho.
Os ganhos, no entanto, foram favorecidos por mudanças nos postos de trabalho sazonais nas escolas, causadas pela pandemia de Covid-19. As estimativas variaram entre 350 mil a 1,6 milhão.
A taxa de desemprego caiu de 5,9% em junho para 5,4%.
“As condições do mercado de trabalho parecem saudáveis no início do terceiro trimestre, já que as empresas do setor de serviços continuam contratando devido à forte demanda reprimida”, disse Sam Bullard, economista sênior da Wells Fargo.
Antes da pandemia, o emprego no setor da educação normalmente diminuía em cerca de 1 milhão de postos de trabalho em julho com o fechamento das escolas, mas este ano muitos alunos estão na escola de verão após as interrupções causadas pelo coronavírus. Isso provavelmente atrapalhou o modelo ou os fatores sazonais que o governo utiliza para eliminar as flutuações sazonais dos dados, impulsionando o número de criação de vagas.
O forte relatório de emprego vem na esteira das notícias da semana passada de que a economia dos EUA recuperou totalmente no segundo trimestre a forte queda na produção, sofrida durante a breve recessão da pandemia. O crescimento econômico esperado neste ano está em torno de 7%, o que seria o salto mais rápido desde 1984.
A saúde do mercado de trabalho pesará sobre os próximos passos da política monetária do Federal Reserve.
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