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Mourão diz que redução do desmatamento na Amazônia no último ano deve ficar abaixo da meta

Vice projetava reduzir em 10% o desmatamento, porém queda deve ficar na faixa de 5%. Em julho, governo voltou a utilizar Forças Armadas na Amazônia. O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira (2) que provavelmente não será cumprida a meta de redução de desmatamento na Amazônia. Contudo, a queda abaixo do esperado representará um “caminho andado” na preservação da floresta.
Ao apresentar em julho a nova operação de Garantia de Lei e da Ordem (GLO) contra crimes ambientais na região, a Operação Samaúma, o vice declarou que desejava atingir até 12% de redução na taxa anual de desmatamento, calculada entre agosto de 2020 e julho de 2021.
Nesta segunda, ao ser questionado sobre o andamento da ação militar, Mourão declarou que a redução deve ficar na faixa de 4% a 5%. O vice preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal.
“Fechou o ciclo, o ciclo fechou no dia 31 de julho, provavelmente não vou cumprir aquilo que eu achava que seria o nosso papel de chegar a 10% de redução. Acho que vai dar na faixa de 4% a 5%, uma redução muito pequena, muito irrisória, mas já é um caminho andado”, disse Mourão.
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O vice tem apontado que apresentar bons resultados no combate ao desmatamento é fundamental para que outros países retomem o financiamento a ações de preservação, como o Fundo Amazônia.
No último ciclo aferido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), A área desmatada na Amazônia foi de 11.088 km² entre agosto de 2019 e julho de 2020, um aumento de 9,5% em relação ao período anterior (agosto de 2018 a julho de 2019), que registrou 10.129 km² de área desmatada.
O emprego de militares das Forças Armadas foi a principal aposta do governo do presidente Jair Bolsonaro para reduzir os índices de desmatamento e queimadas na Amazônia, cujas altas geraram críticas de ambientalistas, empresários, políticos, organizações não-governamentais e lideranças estrangeiras.
O operação Samaúma é a terceira do gênero na Amazônia. A primeira (Verde Brasil 1) foi feita entre agosto e outubro de 2019, e a segunda (Verde Brasil 2) ocorreu entre maio de 2020 e abril de 2021.
Após o término da segunda operação, os órgãos civis de fiscalização deveriam ter o protagonismo no combate ao desmatamento, porém o governo verificou que a estratégia não funcionou e decretou uma nova GLO.
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