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Pesquisa mostra o que mais dá 'match' entre profissionais e empregadores

Experiência prévia do candidato, adequação à cultura da empresa e formação acadêmica são os fatores mais relevantes que as empresas consideram na hora de contratar. Ambiente de trabalho
Campaign Creators/Unsplash
A Robert Half, em parceria com o Centro de Liderança da Fundação Dom Cabral, divulgou uma pesquisa que mostra o que é mais relevante na análise dos recrutadores para a escolha dos candidatos. O estudo “Match Perfeito – o que buscam profissionais e recrutadores”, aponta ainda o que mais chama a atenção dos profissionais ao avaliar uma proposta de emprego.
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A experiência prévia do candidato, a adequação à cultura da empresa e a formação acadêmica são os fatores mais relevantes que os tomadores de decisão das empresas consideram na hora de contratar. Veja abaixo:
Experiência prévia do candidato (88%)
Aderência com a cultura organizacional (62%)
Formação acadêmica do candidato (36%)
Ser indicado por pessoas relevantes no mercado ou na academia (31%)
Expectativa salarial e seu enquadramento com as tabelas da empresa (26%)
Candidatos que estejam trabalhando em outras empresas do setor (19%)
Ser indicado por pessoas da empresa (17%)
Disponibilidade geográfica (11%)
Disponibilidade para início do contrato (5%)
Outro (5%)
Apesar de a experiência, adequação e formação acadêmica serem os principais pontos na avaliação de um candidato, as prioridades podem variar de acordo com o porte da empresa. Quanto maior o tamanho, mais relevância se dá à cultura organizacional. Por outro lado, a indicação do candidato por pessoas do mercado é mais valorizada pelas micro e pequenas empresas.
Há também diferenças em relação aos segmentos do mercado. Apesar de a experiência prévia do candidato ser o principal fator para todos os setores, no varejo, esse item é ainda mais valorizado.
Já a indústria é o segmento que mais dá importância à cultura organizacional, enquanto o agronegócio é o setor que vê mais relevância na indicação do profissional. O varejo é o que dá mais peso para a formação acadêmica.
“O ‘fit cultural’ é um fator que vem sendo cada vez mais valorizado entre as empresas e, como mostra a pesquisa, ganha mais destaque entre as grandes companhias. No entanto, não deixa de ser relevante para empresas de todos os portes”, afirma Mário Custódio, diretor associado da Robert Half.
“Contar com profissionais que se adequem à cultura organizacional é importante não só para os resultados, mas também para o clima e motivação dos colaboradores”, conclui.
O que buscam os profissionais
Remuneração (56%), aderência do cargo à experiência prévia (46%) e desafio proposto (45%) estão entre os itens que mais são avaliados pelos profissionais em geral quando recebem uma proposta de emprego.
Ao dividir o grupo entre profissionais que estão empregados e os que estão desempregados, há diferenças entre as prioridades de cada um. Para quem está ativo no mercado de trabalho, a aderência com a proposta de remuneração é a mais valorizada pelos profissionais. Já para quem busca recolocação, aderência ao cargo com a experiência prévia ganha maior destaque.
10 itens que chamam a atenção dos profissionais empregados ao avaliar uma proposta de emprego:
Aderência com a proposta de remuneração (68%)
Aderência com o desafio proposto (41%)
Aderência do cargo com a minha experiência prévia (39%)
Aderência à cultura da empresa (37%)
Nível de benefícios não monetários (25%)
Aderência do cargo com minha formação acadêmica (22%)
Distância geográfica (19%)
Aderência com o nível hierárquico proposto (18%)
Conhecer pessoas que trabalham na empresa (10%)
Identificação com potencial gestor direto/indicação por pessoas relevantes no mercado ou na academia (9%)
10 itens que chamam a atenção dos profissionais desempregados ao avaliar uma proposta de emprego:
Aderência ao cargo com a minha experiência prévia (52%)
Aderência à cultura da empresa (50%)
Aderência com o desafio proposto (48%)
Aderência com a proposta de remuneração (43%)
Aderência do cargo com minha formação acadêmica (24%)
Nível de benefícios não monetários (16%)
Distância geográfica (16%)
Aderência ao nível hierárquico proposto (15%)
Identificação com potencial gestor direto (13%)
Indicação por pessoas relevantes no mercado ou na academia (9%)
Prioridades mudam de acordo com a idade
Apesar de a remuneração ser apontada como o fator mais relevante pelos profissionais empregados de todas as idades, ao avaliar uma proposta de trabalho, é possível observar diferenças nos demais critérios.
Para os maiores de 46 anos, a aderência com a experiência prévia ganha destaque como segundo item a ser considerado, seguida por desafio proposto e adequação à cultura da empresa. Nas faixas etárias entre 25 e 35 anos e 36 e 45 anos, os destaques são aderência com o desafio proposto, adequação à cultura da empresa e aderência do cargo com a experiência prévia.
Entre os profissionais desempregados, o estudo mostra que, com o passar da idade, a experiência prévia, aderência à cultura organizacional e desafio proposto ganham peso na tomada de decisão. Já a formação acadêmica e indicação são aspectos que perdem importância com o tempo.
Enquanto profissionais nas faixas de 25 a 35 anos e maiores que 46 anos consideram a experiência prévia como principal destaque ao receber propostas, profissionais na faixa de 36 a 45 anos valorizam mais a proposta de remuneração.
Veja outros destaques da pesquisa em relação à idade:
Profissionais desempregados, com idade entre 36 e 45 anos, priorizam a remuneração ao receber a proposta;
Entre os desempregados, profissionais com mais de 46 anos são os que mais valorizam a adequação à cultura da empresa; enquanto entre os empregados, profissionais com idade entre 25 e 35 anos são os que mais priorizam esse quesito;
Profissionais mais sêniores tendem a ser os que mais valorizam propostas que estejam de acordo com sua experiência prévia;
Profissionais mais jovens, principalmente os em busca de recolocação, são os que mais priorizam oportunidades alinhadas à sua formação acadêmica;
Distância geográfica (localização da empresa) é mais considerada por aqueles entre 36 e 45 anos.
O levantamento ouviu 351 profissionais empregados, 349 profissionais desempregados e 714 recrutadores entre 3 e 27 de maio.

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