Ação quase solitária tenta lutar contra hábitos que poluem o meio ambiente na Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Curiaú. À remo mesmo: morador recolhe de canoa lixo deixado por visitantes no Curiaú
No balneário que fica dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Curiaú, no Amapá, a cada 5 dias, o serviços gerais Amauri Silva recolhe quilos e quilos de resíduos sólidos deixados por banhistas. A atitude quase que solitária tenta lutar contra hábitos que poluem o meio ambiente na região que também é área de quilombo.
A poluição da água é um grave problema já que os resíduos descartados de forma irregular causam um grande prejuízo à saúde da população de humanos e também de fauna e flora.
“Eles não tem assim um pouco de consciência de que um rio desse, belo, da natureza, que a gente tem que ter cuidado com ele. Se a gente tiver o cuidado, manter, proteger, limpar, levar e colocar nosso lixo no local certo, preserva por muitos anos para nossos filhos, netos, bisnetos e assim em diante”, comentou Amauri.
De canoa e remo, morador de quilombo no Amapá recolhe de rio quilos de lixo a cada 5 dias
Joy Silva/Rede Amazônica
Foi justamente pensando nessa preservação do Curiaú que o Amauri deu início a um projeto de limpeza na área de banho. A meta dele é manter tudo limpo para que a beleza do local seja mais valorizada.
Com uma canoa ele percorre o balneário recolhendo os objetos jogados na água pelos frequentadores e também os que são deixados no solo.
“Nós vimos ao redor do deck e dos bares e a quantidade de lixo era surpreendente. Então nós começamos a fazer esse trabalho comunitário, entre eu e a Marcione lá do bar. E de 5 em 5 dias estamos vindo nesse período de férias. Essa já é a segunda canoa. Na sexta-feira uma canoa ficou mais cheia do que essa. Mas só com essa daqui você já vê a quantidade de lixo que tem”, destacou.
Iniciativa recolhe resíduos no Rio Curiaú
Joy Silva/Rede Amazônica
São diversos os lixos encontrados, que vão desde garrafas plásticas, garrafas de vidro, latinhas, sacolas até pedaços de isopor, além de outros objetos “esquecidos” por quem vai ao local. Ele também conta com a parceria de outros moradores e trabalhadores que tentam conscientizar quem usa o espaço.
“Esse lixo aqui não combina com a beleza dessa paisagem belíssima que nós temos aqui. Cuide, preserve”, pediu a empresária Marcione Leite.
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