Abicom diz que a diferença está inviabilizando operações de importação no país. Sede da Petrobras no Rio de Janeiro
André Motta de Souza / Agência Petrobras
A defasagem média entre os preços praticados pela Petrobras para o diesel e a gasolina em suas refinarias em relação ao preço de paridade de importação (PPI) está inviabilizando operações de importação, segundo a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom).
Nos cálculos da Abicom, atualmente, o diesel tem uma defasagem média de R$ 0,16 por litro em relação aos preços internacionais, ou seja, está 6% abaixo dos preços de importação. A defasagem varia de R$ 0,18 a R$ 0,13 por litro, dependendo do ponto de venda.
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De acordo com a associação, o combustível já acumula alta de R$ 0,10 nos preços internacionais desde a data do último reajuste feito pela Petrobras, em 1º de maio, quando os preços foram reduzidos em 2%. Desde então, o litro do diesel vem sendo negociado pela Petrobras a R$ 2,71 em média.
Já a gasolina tem uma defasagem média de R$ 0,30, variando entre R$ 0,33 a R$ 0,28 por litro, dependendo do porto de operação. Com isso, os preços no mercado nacional estão, em média, 11% abaixo dos praticados no mercado internacional. De acordo com a Abicom, essa é a maior defasagem média desde janeiro.
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A associação calcula que a gasolina teve uma alta R$ 0,15 desde o dia 12 de junho, quando ocorreu o reajuste mais recente nos preços nacionais. Na ocasião, a Petrobras optou por reduzir em 1,9% o preço do litro do combustível, ou R$ 0,05, e, com isso, o litro da gasolina passou a ser negociado ao preço médio de R$ 2,53.
O aumento dos combustíveis no mercado internacional reflete a recuperação do preço do barril de petróleo, em meio à retomada da demanda com o avanço da vacinação para conter a pandemia. Na semana passada, o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, afirmou que a empresa ainda está avaliando se a alta recente do petróleo será uma tendência, antes de decidir por um eventual reajuste nos combustíveis.
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