Com o nível do Rio Paraná baixo, Polícias Ambientais de MS, SP e PR intensificam combate a pesca predatória thumbnail
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Com o nível do Rio Paraná baixo, Polícias Ambientais de MS, SP e PR intensificam combate a pesca predatória

Um sobrevoo foi realizado para analisar a situação de alguns pontos do rio, que está em alerta de crise hídrica. Uma ação em conjunto com os policiais militares ambientais dos três estados deve ser feita para garantir a segurança dos cardumes expostos. Leito do rio Paraná com nível de água baixo preocupa Polícia Militar Ambiental
PMA-MS/Reprodução
Com o agravamento da estiagem na região do Rio Paraná, vários bancos de areia já se tornam visíveis e os cardumes estão mais expostos à pesca predatória. Diante disso, as Polícias Militares Ambientais (PMA) de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná levantaram um alerta para a pesca irregular e vão intensificar a fiscalização na bacia.
Ao mesmo tempo em que a bacia do Paraná, que abrange os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, fica mais exposta, os peixes também. A preocupação da PMA é diante deste fator: o nível de água do rio muito baixo, consequentemente os cardumes ficam mais vulneráveis e podem ser depredados por ações de pesca predatória.
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Frente ao alerta e à preocupação com os cardumes, policiais militares Ambientais de Mato Grosso do Sul, do Paraná e São Paulo realizaram um sobrevoo pelo Rio Paraná para definir ações estratégicas para coibir a pesca irregular na região.
O tenente-coronel Edenilson Queiroz, representante da PMA de Mato Grosso do Sul, explicou que é nítida a vulnerabilidade dos peixes, mediante a seca. O policial explica que em tempos normais, os peixes ficam nas profundezas dos rios, assim, conseguindo fugir ou pelo menos dificultar a pesca.
“Os cardumes se concentrarem nas partes mais profundas e, no deslocamento passam por estes locais mais rasos e eles ficam visíveis e com pouco espaço de defesa e os pescadores conhecem este comportamento”, detalhou Queiroz.
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O tenente-coronel explicou que nas regiões onde foram constatados os níveis de água mais baixos, a preocupação é maior, pois possui um número expressivo de pescadores profissionais, amadores, turistas e moradores da região.
“O uso de petrechos de pesca, especialmente do tipo redes de pesca, que tem alto poder de captura de cardumes é comumente utilizado, inclusive, quando fica com baixa quantidade de água, há a possibilidade de arrastão de cardumes com esses petrechos, que possuem alto poder de depredação de peixes. Outro tipo de petrecho de malha que tem alto poder de captura são as tarrafas, que em situação de rio com pouca água, são lançadas diretamente ao meio dos cardumes, devido sua visibilidade”, pontuou o tenente-coronel.
Ação conjunta
Queiroz detalha que o período de estiagem deve ser persistente até o final de outubro deste ano, assim, ampliando a atenção com o local e aumentando a fiscalização. O tenente-coronel disse que o sobrevoo foi apenas o início de uma ação preventiva maior.
“Nos próximos dias as PMAs aqui de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo farão uma ação preventiva e vamos intensificar as fiscalizações na bacia do Rio Paraná”, esclareceu.
O policial caracteriza a situação da bacia do Paraná como extremamente preocupante. “Nesta região mais crítica temos três unidades da PMA que estão em atenção. O grande problema é exposição destes peixes. Nós vamos combinar de forma assertiva para cuidarmos da melhor forma dos animais”, finalizou.
Alerta
A PMA destaca que os pescadores devem respeitar os limites legais para pesca. Além de utilizar apenas os apetrechos autorizados. “O desrespeito à legislação pode levar os infratores a serem presos e encaminhados à delegacia de polícia para lavratura do auto de prisão em flagrante, podendo, se condenados, pegar pena de um a três anos de detenção”, explica, em nota, a PMA.
Queiroz explica que no Rio Paraná é permitido pescar 10 kg mais um exemplar. Porém, se os peixes forem transportados pelas rodovias de Mato Grosso do Sul a autorização é de apenas um exemplar nativo e cinco piranhas.
“Além do mais, terão todo o material de pesca e mais motor de popa, barcos e veículos utilizados na infração apreendidos, além de serem multados administrativamente em um valor que varia de R$ 700,00 a R$ 100 mil, mais de R$ 20,00 por Kg do pescado irregular”, deixaram claro.
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