Intenção de consumo cai ao menor nível em 9 meses, no pior maio em 10 anos, aponta CNC thumbnail
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Intenção de consumo cai ao menor nível em 9 meses, no pior maio em 10 anos, aponta CNC

Maior parte das famílias (58,1%) acredita que vai consumir menos nos próximos três meses, segundo levantamento. A intenção de consumo das famílias voltou a recuar em maio, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O recuo, de 1,6%, foi o segundo consecutivo, mas menor que o registrado em abril, de 2,5%.
Com a nova queda, a intenção de consumo ficou em 67,5 pontos – o menor nível desde os 66,2 registrados em agosto do ano passado. Para meses de maio, foi o pior desempenho da série histórica iniciada em 2010, pontuou a confederação.
Na comparação com maio do ano passado, a queda chega a 17,3%.
Intenção de consumo das famílias maio/21
Economia G1
Queda em todos os indicadores
Todos os sete tópicos usados para cálculo do indicador mostraram queda, tanto na comparação com abril quanto ante igual mês em 2020.
Em maio ante abril, houve quedas em emprego atual (-0,1%); perspectiva profissional (-4,4%); renda atual (-0,8%); acesso ao crédito (-1,8%); nível de consumo atual (-1,2%); perspectiva de consumo (-0,5%) e momento para duráveis (-3%).
Na comparação com maio de 2020, as quedas foram todas de dois dígitos: emprego atual (-14,6%); perspectiva profissional (-11,4%); renda atual (-23,5%); acesso ao crédito (-14,4%); nível de consumo atual (-18,1%); perspectiva de consumo (-17,8%) e momento para duráveis (-24,7%).
Em comunicado sobre o tema, a economista da CNC responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro da Silva, comentou que a perspectiva profissional aparece entre os pontos de preocupação apontados pelas famílias, e que o subitem referente ao tema foi o que apresentou a redução mais intensa no mês ante mês imediatamente anterior (-4,4%).
“Foi possível observar a desconfiança das famílias em relação à economia e mesmo diante do mercado de trabalho, bem como da riqueza gerada por ele. Ainda que em menor intensidade, essa redução levou as famílias a reavaliarem as suas percepções de longo prazo”, aponta a economista.

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