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YouTube remove canais de militares em Mianmar

Plataforma disse que conteúdos violaram suas diretrizes. Facebook também restringiu distribuição do conteúdo dos responsáveis pelo golpe de Estado. Manifestante contra o golpe militar em Mianmar segura uma raquete de tênis em meio a fumaça de bombas de gás jogadas pela polícia durante protesto em Yangon em 4 de março de 2021
AP
O YouTube removeu nesta sexta-feira (5) cinco canais que eram gerenciados por militares em Mianmar por violação de suas diretrizes.
A plataforma afirmou que está monitorando conteúdos que possam desrespeitar suas regras.
A decisão acontece quase um mês depois de o concorrente Facebook restringir publicações e páginas de militares do país.
As medidas tinham como objetivo de diminuir o alcance de publicações dos responsáveis pelo golpe de Estado de 1º de fevereiro.
Entenda o golpe militar em Mianmar
Protestos contra o golpe militar têm ocorrido diariamente em muitas cidades e vilas.
As forças de segurança intensificaram a repressão nesta semana com maior uso de força letal e prisões em massa. Pelo menos 18 manifestantes foram mortos a tiros no domingo (28) e 38 na quarta-feira (3), de acordo com o Escritório de Direitos Humanos da ONU.
Mais de 1.000 pessoas foram presas, segundo a Associação Independente de Assistência aos Prisioneiros Políticos.
O golpe militar
VÍDEO: Militares tomam o poder em Mianmar e lideranças são presas
Os militares tomaram o poder em 1º de fevereiro e prenderam o presidente do país, Win Myint, e a líder política do país, Aung San Suu Kyi, que ganhou o prêmio Nobel da Paz em 1991 e continua detida em um local secreto.
Depois do golpe, Suu Kyi foi acusada pelo novo governo por quatro crimes, incluindo “incitação aos distúrbios públicos”, e o ex-presidente, de violar a Constituição.
Mianmar vivia uma fase democrática desde 2011, depois de quase 50 anos de regime militar.
Desta vez, o exército tomou o poder por rejeitar o resultado da eleição de novembro, que foram vencidas por ampla maioria pelo partido da Nobel da Paz, e declarou estado de emergência e prometeu novas eleições, mas sem divulgar datas.
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