Moeda norte-americana avançou 1,67%, cotada a R$ 5,6047. Na semana, alta foi de 4,03%. Notas de dólar
Gary Cameron/Reuters
O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (26) e subiu ao patamar de R$ 5,60, com a redução do apetite do investidor a ativos de mercados emergentes.
A moeda norte-americana subiu 1,67%, cotada a R$ 5,6047. É o maior patamar de fechamento desde 4 de novembro do ano passado (R$ 5,6543). Na semana, o dólar avançou 4,03%. Veja mais cotações.
O Banco Central voltou ao mercado nesta sexta com um leilão de venda de moeda spot para tentar conter a alta da moeda.
Nem os dois leilões de moeda realizados pelo Banco Central conseguiram conter o ímpeto de alta da moeda. Na primeira operação, foram vendidos US$ 740 milhões, e na segunda, mas US$ 805 milhões. Na véspera, o BC também fez dois leilões de dólar à vista, injetando no mercado um total de US$ 1,535 bilhão.
Em fevereiro, a moeda norte-americana acumulou alta de 2,45%. No ano, tem valorização de 8,05% ante o real.
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Cenário
A alta do dólar nesta semana foi puxada pelas perspectivas de aumento da inflação nos Estados Unidos e escalada das taxas de juros de títulos soberanos da maior economia do mundo (Treasuries).
Por aqui, permanecem os receios de maior risco fiscal e político após as turbulências provocadas pela decisão do presidente Jair Bolsonaro de trocar o comando da Petrobras.
No radar dos investidores também está as discussões no Congresso sobre a volta do Auxílio Emergencial. O secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, afirmou nesta quinta-feira que um eventual fatiamento da chamada PEC emergencial, separando o auxílio emergencial das contrapartidas de corte de gastos exigidas, é “pior para todos”.
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Mais cedo, o IBGE divulgou que desemprego no Brasil teve a terceira queda seguida e ficou em 13,9% no trimestre encerrado em dezembro. No entanto, 13,9 milhões de brasileiros ainda estavam desempregados. Já a taxa média de desemprego no ano de 2020 foi de 13,5%, a maior da série iniciada em 2012. Em 2019, foi de 11,9%.
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Economia G1
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