Um Boeing 777 da companhia russa Rossiya teve que fazer um pouso de emergência nesta sexta-feira (26) em Moscou após um problema no motor, uma semana depois de um incidente com uma aeronave nos Estados Unidos. Aviões modelo Boeing 777 são vistos na pista do aeroporto Internacional de Tulsa, Oklahoma, em foto de 20 de junho de 2020
Gianrigo Marletta/AFP
Um Boeing 777 da companhia russa Rossiya teve que fazer um pouso de emergência nesta sexta-feira (26) em Moscou após um problema no motor, uma semana depois de um incidente com uma aeronave nos Estados Unidos.
De acordo com um comunicado divulgado pela companhia Rossiya, filial da companhia pública russa Aeroflot, “durante o voo de carga 4520 Hong Kong-Madri foi detectado um mau funcionamento do sensor de controle do motor e a tripulação decidiu fazer um pouso de emergência em Moscou”.
A aterrissagem aconteceu normalmente e o avião retomaria o voo a Madri após as 12h (6h de Brasília), conforme o comunicado.
Na semana passada, o motor direito de um Boeing 777, da United Airlines, sofreu um incêndio pouco depois da decolagem de Denver, no Colorado, nos Estados Unidos, em um voo com destino a Honolulu, no Havaí. No momento do acidente, havia 231 passageiros a bordo e 10 tripulantes, o que obrigou os pilotos a retornarem imediatamente ao aeroporto de origem. Não houve feridos e a aeronave conseguiu pousar.
Ainda não há informações sobre o motor do Boeing 777 que fez o pouso de emergência em Moscou. Mais de 120 Boeing 777 equipados com motores Pratt & Whitney PW4000 permanecem em solo em todo o mundo desde o incidente da semana passada.
Reforço das capas dos motores
A Boeing já trabalhava havia dois anos com a Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA para reforçar as capas dos motores do 777, antes do incidente em Denver, segundo o “The Wall Street Journal” de quinta-feira (25).
Na noite de terça-feira (23), a FAA ordenou a inspeção de todos os motores Pratt & Whitney similares ao que foi danificado. Os investigadores atribuíram o acidente à lâmina de uma turbina que se desprendeu pouco depois da decolagem devido à “fadiga do metal” que, aparentemente, atravessou a capa do motor.
A Boeing e a FAA evitaram falar das tentativas de modificar o 777, o que exige uma série de uma avaliações e testes. A empresa está “em constante comunicação com nossos clientes e com a FAA, e se esforça para introduzir melhoras de segurança e desempenho em toda a frota”, disse um porta-voz da fabricante.
“Continuaremos seguindo as orientações da FAA sobre o assunto e todos as questões relacionadas à segurança e ao cumprimento, e seguimos atualizando nossos clientes”, acrescentou. A FAA disse que focou nas inspeções das pás das turbinas em sua ordem mais recente sobre os motores Pratt & Whitney e em uma diretriz anterior após um incidente de 2018, com outro avião do mesmo modelo.
“O redesign dos componentes da fuselagem e do motor é um processo complexo. Uma das prioridades máximas até agora tem sido reduzir o risco de as lâminas da turbina falharem e poderem danificar a capa”, afirmou um porta-voz da FAA.
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