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Concurso Censo 2021: saiba como simular a remuneração do cargo de recenseador

Recenseadores recebem por produção e não têm piso. Inscrições para o cargo, que tem mais de 188,8 mil vagas, foram abertas nesta terça-feira (23) e vão até o dia 19 de março. IBGE abre concurso com mais de 191,8 mil vagas para recenseador
Reprodução / FAEPE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou, na manhã desta terça-feira (23) um simulador online da remuneração dos recenseadores que serão contratados, mediante concurso público, para atuar no Censo 2021. As inscrições para o cargo, que tem 181.898 vagas, também foram abertas nesta manhã e vão até o dia 19 de março, na internet e tem taxa no valor de R$ 25,77.
Os candidatos ao cargo de recenseador precisam ter ensino fundamental completo. Eles são os profissionais que visitarão todos os domicílios do país, entrevistando os moradores, e serão remunerados pela produção, de acordo com o número de domicílios visitados e questionários respondidos.
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O simulador disponibilizado pelo IBGE calcula quanto o recenseador vai receber de acordo com a quantidade de residências visitadas e pessoas entrevistadas, considerando a taxa de remuneração de cada setor censitário, o tipo de questionário preenchido (básico ou amostra) e o registro no controle da coleta de dados.
“Lembramos que trata-se apenas de uma estimativa e que os valores apresentados na simulação não representam exatamente a sua remuneração remuneração futura”, destacou o IBGE.
Como usar o simulador
Para simular a remuneração, basta ao candidato acessar o site do concurso e informar o município onde quer atuar e a quantidade de horas que pretende dedicar ao trabalho. O IBGE recomenda que a jornada de trabalho dos recenseadores seja de, no mínimo, 25 horas semanais.
“Quanto mais domicílios visitar e pessoas entrevistar, maior a remuneração. O recenseador pode trabalhar em qualquer horário, especialmente naqueles em que pode encontrar os moradores em casa, incluindo finais de semana e feriados”, explicou o coordenador de Recursos Humanos do IBGE, Bruno Malheiros.
Ao fazer a inscrição ao concurso, o candidato informa em qual município quer trabalhar. A taxa de remuneração varia de acordo com o local escolhido, que é chamado de “setor censitário”.
“Por exemplo, um recenseador que atua numa área urbana tem mais facilidade de locomoção do que um recenseador que for visitar domicílios em uma comunidade ribeirinha isolada”, apontou Malheiros.
Como exemplo, o IBGE mostrou que um recenseador que optar por trabalhar no município de Carauari, em plena Floresta Amazônica, onde só se chega de barco ou avião, pode receber remuneração mensal média de R$ 1.853,12, cumprindo jornada de 25 horas semanais. Já em São Paulo, cidade mais populosa do país, um recenseador que cumprir a mesma carga horária pode receber R$ 1.629,76 por mês.
Em média, há 300 domicílios por setor censitário. O tempo de coleta de um setor varia segundo suas características e o tempo diário que o recenseador dedica ao trabalho. É possível que um recenseador consiga completar mais de um setor ao longo do período da coleta.
O IBGE oferecerá uma de ajuda de locomoção para custear as despesas com deslocamento do recenseador para realização do trabalho. Além da ajuda de custo e da remuneração mensal, o recenseador também terá direito a 13º salário e às férias proporcionais aos dias trabalhados e à produção.
IBGE abre inscrições para 181.898 vagas de recenseador
Treinamento obrigatório e eliminatório
Os recenseadores aprovados no processo seletivo terão treinamento com duração total de 5 dias e carga horária de 8 horas diárias, composto por duas etapas: autoinstrução (leitura prévia do Manual do Recenseador) e curso presencial.
Ao final da etapa presencial, o candidato realizará o teste final do treinamento e precisa ter 50% de acertos e, pelo menos, 80% de frequência. O IBGE destacou que será oferecida uma ajuda de custo para os candidatos que tiverem pelo menos 80% de frequência no treinamento presencial.
Caso haja necessidade de reposição de pessoal, depois de esgotada a reserva de candidatos treinados, poderão ser convocados novos candidatos, obedecendo-se à classificação nas provas objetivas, sem exceder o número de vagas previsto.
Candidato que descumprir protocolo contra a Covid-19 pode ser eliminado
O IBGE destacou que todas as etapas do Censo 2021, incluindo as provas, treinamentos e a coleta dos dados, seguirão protocolos sanitários de prevenção à Covid-19. No dia do exame, o candidato que descumprir as medidas de proteção será eliminado do processo seletivo.
“Os protocolos sanitários de prevenção da Covid-19 serão divulgados detalhadamente em edital específico sobre os locais de prova. Será exigido o uso obrigatório de máscaras e o distanciamento seguro entre candidatos e aplicadores de prova. Vamos disponibilizar álcool em gel em todos os locais de prova e todos deverão seguir as medidas para evitar aglomerações, respeitando às legislações locais”, disse o coordenador de RH do IBGE, Bruno Malheiros.
Os mesmos procedimentos deverão ser seguidos nos treinamentos presenciais dos recenseadores.
No dia da prova, os candidatos deverão estar munidos de caneta esferográfica cor preta de material transparente, comprovante de inscrição e documento original com foto.
Apostila gratuita para auxiliar nas provas
Os candidatos ao cargo de recenseador serão submetidos a uma prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, com 10 questões de Língua Portuguesa, 10 questões de Matemática, 5 questões sobre Ética no Serviço Público e 25 questões de Conhecimentos Técnicos. Ela será aplicada no dia 25 de abril.
O IBGE preparou uma apostila com os conhecimentos técnicos sobre a operação censitária que serão cobrados na prova objetiva. Além deste material, também foi disponibilizado o Código de Ética do IBGE, que também será cobrado no exame. Ambos os materiais estão disponíveis no site do Cebraspe, responsável pela organização do concurso.
Outras 22,4 mil vagas
Para realizar o Censo 2021, o IBGE anunciou concurso público com oferta de 204.307 vagas. A maioria é para o cargo de recenseador, mas há outras 22,4 mil distribuídas entre os cargos de Agente Censitário Municipal e Agente Censitário Supervisor da seguinte forma:
5.450 vagas para a função de Agente Censitário Municipal: salário de R$ 2.100.
16.959 vagas para a função de Agente Censitário Supervisor: salário de R$ 1.700
Para as funções de agente censitário, é exigido ensino médio completo. As inscrições para estes cargos já estão abertas e vão até o dia 15 de março pelo site http://www.cebraspe.org.br/concursos/ibge_20_agente.
O agente censitário municipal gerencia o posto de coleta e, durante todo o trabalho do Censo Demográfico 2021, estará à frente de dois tipos de ações:
Administrativas – controle e gestão dos recursos humanos e materiais do Posto de Coleta;
Técnico-operacionais – gestor de uma equipe de Agentes Censitários Supervisores e recenseadores em que acompanhará e orientará a Coleta de Dados.
O agente censitário supervisor exerce as tarefas de supervisão da operação censitária, com foco nas questões técnicas e de informática e administrativas. Está subordinado ao agente censitário municipal. Sua principal função é acompanhar, avaliar e, sobretudo, orientar os recenseadores durante a execução dos trabalhos de campo.
A duração dos contratos é de 5 meses, podendo ser prorrogado, com base nas necessidades de conclusão das atividades do Censo Demográfico 2021 e na disponibilidade de recursos orçamentários.
Ao candidato que obtiver melhor classificação será oferecida a vaga de agente censitário municipal. Aos demais candidatos classificados serão asseguradas as vagas de agente censitário supervisor, obedecida a ordem de classificação.
A jornada de trabalho é de 40 horas semanais, sendo 8 horas diárias. Além do salário, os agentes censitários terão direito a auxílio-alimentação, auxílio-transporte, auxílio pré-escola, férias e 13º salário proporcionais.
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