Grupo começará a enviar notificações de desligamentos na próxima sexta-feira (5). Boeing 737 Max da American Airlines volta a voar
AP
A American Airlines, afetada pela queda do tráfego aéreo em tempos de pandemia, alertou nesta quarta-feira (3) que pode demitir até 13 mil funcionários se a situação não melhorar e se a ajuda governamental vigente até 1º de abril não for prorrogada.
“Trabalharemos com os dirigentes sindicais para fazer todo o possível para mitigar o máximo o impacto nos empregos”, disseram executivos da empresa em uma carta aos funcionários consultados pela AFP.
Mas a situação está difícil para a indústria aérea. “A vacina não está sendo distribuída tão rapidamente como se pensava e novas restrições às viagens internacionais que exigem que os clientes testem negativo para Covid-19 reduziram a demanda”, escreveu o diretor-executivo Doug Parker na carta.
“Com base na atual perspectiva de demanda, não vamos operar todas as nossas aeronaves conforme planejado neste verão (boreal)”.
Com isso, o grupo começará a enviar notificações de demissão para 13 mil funcionários na próxima sexta-feira (5).
Na mesma linha, a United Airlines enviou notificações para 14 mil empregados na última sexta-feira (29).
O anúncio da American Airlines não se traduz necessariamente em tantas dispensas. A United Airlines avisou 36 mil trabalhadores em julho que eles poderiam ser dispensados, mas acabou dispensando 13 mil deles em outubro, quando a ajuda do governo expirou.
A empresa se ofereceu para recontratá-los em dezembro, quando novas medidas foram adotadas para apoiar o emprego no setor aéreo. Elas expiram em 1º de abril.
Em sua carta aos funcionários, os executivos da American Airlines insistem que estão pressionando os legisladores dos Estados Unidos, juntamente com os sindicatos, por uma extensão dessa ajuda.
O novo presidente Joe Biden está propondo um resgate de 1,9 trilhão de dólares para a economia dos EUA, que atualmente está sendo debatido no Congresso.
Ao mesmo tempo, a American Airlines abrirá novos planos para demissões voluntárias e licenças não remuneradas nos Estados Unidos para funcionários que não sejam pilotos.
Duramente atingida pela queda nas vendas de passagens aéreas desde o início da pandemia, a empresa viu seu faturamento cair 62% em 2020. A companhia perdeu US$ 8,9 bilhões neste período.
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