BALANÇA COMERCIAL COM SUPERÁVIT DE US$ 51 BI
Em 2020, as trocas comerciais caíram 9,2% no mundo, segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC).
No entanto, a balança comercial brasileira encerrou 2020 no azul. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) registrou superávit comercial brasileiro de US$ 51 bilhões no acumulado em 12 meses.
O resultado é 6,2% superior aos US$ 48 bilhões contabilizados em 2019. Este superávit comercial é o terceiro maior da série histórica iniciada em 1989.
No entanto, as importações e as exportações registraram queda em 2020. Os embarques (exportações) somaram R$ 209,9 bilhões, dado 6,8% inferior aos US$ 225,4 bilhões computados em 2019.
Os desembarques (importações) desabaram 10,3%, na mesma base de comparação, totalizando US$ 158,9 bilhões.
Um dos principais produtos das exportações brasileiras, a soja, registrou aumentos de 10,5%, em valor, e de 13% na quantidade, mas teve queda de 2,2% no preço.
O minério de ferro apresentou alta de 16,7% no preço, mas queda de 2% na quantidade e alta de 14,3% no valor exportado.
Na contramão, os embarques de veículos e de aeronaves caíram, nas faixas de 20% e 30%, respectivamente.
ICMS – Repercutiu ontem decisão do Governo de São Paulo, que aumentou em até 18% o ICMS de vários setores, provocando protestos.
A maior reação veio do setor agropecuário, que marcou para dia 7 manifestação, com participação de delegação de vários municípios, chamada de Tratoraço.
Há perspectiva de reunir mais de seis mil produtores, protestando contra o repentino aumento do ICMS, que teria sido anunciado sem discussão prévia com o setor.
REINO UNIDO – Destaque mundial, ontem, para o Primeiro-Ministro britânico, Boris Johnson. Ele anunciou o terceiro lockdown na Inglaterra em dez meses.
Teme-se a expansão da variante mais contagiosa do coronavírus, descoberta primeiro entre os ingleses, mas já identificada em diversos países.
A quarentena na Inglaterra inclui o fechamento de escolas, restaurantes, bares e cafés.
No Brasil, há preocupação especial com a cidade de Manaus, onde as instalações hospitalares entraram em colapso por causa da covid.
E, em São Paulo, dois casos da nova variante do coronavírus já foram identificados.
SERINGAS – Ministério da Saúde requisitou seringas e agulhas de estoques excedentes a empresas fabricantes.
Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo) disse que se comprometeu a fornecer logo 30 milhões de unidades, destinadas à vacinação contra coronavírus.
VACINA – Fiocruz, em contato direto com a Anvisa, reforçou gestões para liberar a autorização emergencial de uso da vacina Oxford/AstraZeneca produzida na Índia, onde já foi aprovada.
Em 31 de dezembro, Anvisa autorizou a importação, em caráter excepcional, de dois milhões de doses da vacina britânica da Oxford, produzida em parceria com a Fiocruz no Brasil.
A intenção é o uso dessa vacina no território brasileiro ainda neste mês de janeiro.
BOLSA – O ano de 2020 terminou com mais de três milhões de pessoas físicas na Bolsa de Valores, quase o dobro de 2019.
Em março de 2020, quando começou a pandemia, o índice Ibovespa despencou e chegou aos 63 mil pontos.
Nas últimas semanas, foi se recuperando e beira a margem de 120 mil pontos, com tendência de crescimento.
ECONOMIA – Dólar encerrou a segunda-feira (4) vendido a R$ 5,268.
Ibovespa, da Bolsa de Valores, fechou o dia aos 118.858 pontos, com recuo de 0,13%.
O mercado sofreu efeito das notícias preocupantes sobre a Covid-19 na Europa, entre outros fatores.
Por RENATO RIELLA
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